O bitcoin e as principais criptomoedas do mercado desabaram nas últimas 24 horas e abriram no vermelho na manhã desta sexta-feira (23), segundo dados do CoinMarketCap.
O bitcoin teve queda de 8,52% e é negociado a abaixo dos US$ 50 mil; o ethereum, segundo maior do mercado, perdeu 8% de seu valor e é cotado a US$ 2.277.
O binance coin, terceiro maior, caiu 8% e é negociado a US$ 510, enquanto o XRP, na quarta posição em valor de mercado, teve baixa de 13% e vale agora US$ 1,14.
A capitalização global do setor – preço atual versus oferta circulante – perdeu US$ 294 bilhões em apenas um dia e caiu para US$ 1,8 trilhão, 9% menor do que a registrada na manhã da quinta-feira (23).
Jeffrey Halley, analista de mercado sênior da OANDA, disse para a Reuters que a queda generalizada do setor pode estar ligada aos planos sobre impostos do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden:
“O bitcoin caiu hoje depois que o presidente Biden sinalizou que queria aumentar o imposto sobre ganhos de capital nos Estados Unidos”.
Biden estaria planejando uma série de alterações no código tributário do país para cobrar taxas elevadas sobre o capital de pessoas que ganham mais do que US$ 1 milhão.
Investidores do mercado de criptomoedas estariam preocupados que a mudança poderia restringir investimentos em ativos digitais.
Nem todo mundo, no entanto, acredita que a possível mudança na legislação norte-americana pode afetar negativamente o setor.
“O presidente Biden pode estar fazendo um favor ao mercado de criptomoedas”, disse Antoni Trenchev, cofundador e sócio-gerente da Nexo, ao DeCrypt.
Essa montanha-russa do setor, ainda segundo especialistas, é algo rotineiro e esperado no mercado de criptomoedas.
Além do possível aumento de impostos de pessoas ricas dos Estados Unidos, o mercado de criptomoedas também foi tomado por outras notícias negativas.
Na Turquia, por exemplo, a exchange Thodex, que tinha US$ 2 bilhões em criptomoedas de 391 mil clientes, interrompeu as negociações sem aviso prévio. O CEO da empresa desapareceu.
A rede do Bitcoin também começou a operar no limite e registrou o maior congestionamento de toda sua história, com 215 mil transações aguardando confirmação.
A última vez que a blockchain do BTC teve uma fila tão grande como essa foi no final de 2017, quando em certo momento havia 180 mil transações não confirmadas.