Mais de 60 países estão no processo de desenvolvimento de sua moeda digital de Banco Central (CBDC), segundo um relatório da empresa de consultoria PwC Global CBDC Index.
Os primeiros países começaram a desenvolver suas moedas digitais em 2014, segundo o documento.
Esta é a primeira edição do relatório que deverá ser produzido anualmente pela empresa para que haja o monitoramento das transformações em curso desencadeada pelas moedas digitais do Banco Central (CBDCs) globalmente.
O PwC Global CBDC Index foi projetado para medir o nível de maturidade de um Banco Central na implantação de sua própria moeda digital.
O Índice fornece uma análise sintética, capturando o progresso dos Bancos Centrais, a postura sobre o desenvolvimento do CBDC, e o interesse público em casos distintos.
Um deles é em relação ao uso em varejo e que estarão detidos diretamente por cidadãos e empresas.
O outro é em relação ao CBDC interbancário, ou atacado, que se restringem a Instituições Financeiras, principalmente para pagamentos interbancários e processos de liquidação financeira.
Mais de 88% dos projetos de CBDC estão em fase piloto ou de produção, e utilizam a blockchain como tecnologia subjacente.
De acordo com o relatório, embora uma blockchain nem sempre seja necessário para criar tokens digitais, a tecnologia blockchain traz vários benefícios para os desenvolvimentos do CBDC.
Os governos deverão explorar as blockchains porque proveem plataformas integradas projetadas para compartilhar valor e transferir propriedade de maneira segura, o que é fundamental para apoiar o dinheiro digital.
Também possuem uma programação inteligente de contratos, apoiando o CBDC como uma nova forma de instrumento monetário programável que pode acionar pagamentos automáticos com base em condições pré-programadas.
As blockchains podem ser auditadas de forma transparente e possuem recursos de confidencialidade configuráveis.
E por fim, por aumentarem a interoperabilidade com outros ativos digitais por meio de trocas atômicas.
O relatório mostrou que as Bahamas são apontadas como o país mais avançado em termos de desenvolvimento de moedas digitais estatais para o varejo.
O país obteve 92 dos 100 pontos possíveis distribuídos pelo Índice.
As Bahamas já possuem a sua CBDC que foi lançada em outubro de 2020, o Sand Dollar em aplicativos e cartão de débito, e pode ser utilizada como para microcrédito.
Depois das Bahamas ficaram o Camboja (83 pontos), China (75 pontos), e Uruguai, Ucrânia e Equador empatados com 71 pontos.
Já para projetos interbancários ou atacadistas, a Tailândia (80 pontos), a China (80 pontos), Singapura (75 pontos), Canadá (69 pontos), e Reino Unido (68 pontos) lideram o ranking.
O relatório mostrou que os principais problemas foram o uso de moedas digitais do governo para pagamentos de varejo e transferências interbancárias.