A Polícia Federal (PF) apreendeu vários bolos de dinheiro, artigos e carros de luxo e carteiras físicas de criptomoedas durante a Operação Daemon contra o Grupo Bitcoin Banco que ocorreu na manhã desta segunda-feira (05).
Em coletiva de imprensa, a PF confirmou a prisão dos líderes do esquema. Embora não tenha revelado os nomes, sabe-se que se trata de Claudio Oliveira e sua esposa Lucinara.
“O dinheiro dos investidores foi sendo torrado de acordo com a ganância dos fraudadores”, disse o delegado responsável pela operação, Filipe Hille Pace.
Imagens da operação obtidas pela reportagem do Portal do Bitcoin revelam detalhes do que foi achado nas residências e escritórios dos acusados de estelionato, lavagem de capitais, organização criminosa, além de delitos contra a economia popular e o sistema financeiro nacional, segundo comunicado da PF à imprensa.
Pelo menos três porta-joias, dois deles bem cheio de artigos que parecem ser se ouro, prata e outras pedras preciosas.
Carros de luxo já no pátio da PF. Dentre eles, um Maserati. Essa marca é encontrada facilmente em sites especializados de venda de veículos por um preço que varia entre R$ 300 mil e R$ 500 mil.
Carteiras físicas de Bitcoin. O sistema não é muito popular, mas funciona como um meio de pagamento onde quem recebe o dispositivo — que lembra um pendrive — precisa quebrá-lo para acessar a chave privada contendo a criptomoeda, ficando em seguida o aparelho inutilizável.
Imagens feitas pela polícia sugerem que os agentes fizeram uma busca minusciosa e cada local alvo da da operação.
Por cerca de dois anos, as atividades do Bitcoin Banco foram conduzidas com aparência de legalidade até que, em meados de 2019, de maneira súbita, o grupo noticiou que havia sido vítima de um ataque cibernético e, por isso, bloqueou todos os saques de valores das plataformas das corretoras. Começaram então as investigações, enquanto os responsáveis prometiam devolver os fundos dos clientes, o que não ocorreu até então.
O caso foi parar nas mãos da Polícia Federal depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) constatou contratos de investimento coletivo. Com o aprofundamento das investigações, vislumbrou-se que o grupo empresarial teria operado um verdadeiro esquema de pirâmide financeira. Estima-se que o valor devido pelo grupo Bitcoin Banco totaliza cerca de R$ 1,5 bilhão, o que diz respeito a mais de sete mil credores.