O ex-síndico de um condomínio é suspeito de comprar Bitcoin com R$ 1 milhão do fundo de reservas do conjunto habitacional. O caso ocorreu em Londrina, no Paraná. Ocorre que o suposto investimento pode se tratar de um esquema de pirâmide financeira.
Isso porque, segundo o ex-síndico, o valor foi repassado para um gestor fazer as aplicações. Contudo, o homem desapareceu com todo o dinheiro.
De acordo com uma reportagem do portal RIC Mais, publicada nesta sexta-feira (11), o empresário está sendo investigado pela Polícia Civil de Londrina.
O homem, que não teve o nome revelado, foi síndico de um condomínio na Gleba Palhano, na zona sul da cidade, entre 2016 e 2021.
Segundo os moradores, ele parecia ser o síndico perfeito. No entanto, quando foi substituído por outra moradora em abril deste ano, o desvio milionário foi revelado.
As investigações apontam que o ex-síndico limpou a conta bancária do fundo de reservas do prédio. Em seguida, usou o dinheiro para investir em Bitcoin e falsificou os extratos bancários apresentados aos demais residentes do condomínio.
Conforme informou o delegado que investiga o caso, Jayme Souza Filho, o empresário teria dito que o investimento beneficiaria todo o prédio.
A decisão de aplicar o dinheiro do condomínio na criptomoeda veio após ele investir o próprio capital e ter um bom retorno:
“Ele investiu dinheiro próprio nessa modalidade, conseguindo lucro satisfatório. A partir daí, ele teve a ideia de fazer com o dinheiro do condomínio, só que sem avisar os moradores”, explicou o delegado.
Entretanto, o retorno aguardado não veio. O gestor que fez as supostas aplicações em Bitcoins desapareceu com cerca de R$ 1 milhão. Por conta disso, o ex-síndico chegou a registrar um boletim de ocorrência na delegacia contra o investidor.
Os detalhes do caso se assimilam a investimentos em esquemas de pirâmides financeiras. Primeiro, o investidor recebe os altos lucros prometidos e, animado, aplica mais dinheiro. No entanto, em determinado momento, a empresa deixa de pagar os rendimentos devidos e desaparece com o dinheiro das vítimas.
Agora, a Polícia Civil investigará a falsificação dos extratos bancários bem como a apropriação indevida do dinheiro.
O nome do gestor ou da empresa que fez os supostos investimentos em Bitcoin não foram divulgados.
Lorena Amaro