A corretora de valores XP Investimentos pode estar considerando retomar seu projeto de lançar uma plataforma de criptomoedas própria. A saída do Itaú Unibanco da sociedade com a corretora teria tornado o cenário mais favorável para a empreitada.
Conforme apurou o Estadão, a XP de Guilherme Benchimol, vem estudando a possibilidade há alguns anos.
Contudo, um entrave para o lançamento de uma plataforma de criptoativos seria um suposto veto do Itaú, que tinha 49% da corretora.
Agora, com o banco se desfazendo da fatia da participação acionária que tem na XP e transferindo-a para seus acionistas, a corretora teria mais autonomia para entrar no mercado de moedas digitais.
Em 2018, os sócios da XP, que fazem parte da XP Controle, lançaram uma exchange de criptomoedas chamada XDEX. No entanto, em março do ano passado, a plataforma anunciou o encerramento de suas atividades.
Na época, a empresa destacou os aspectos positivos e desafios encontrados durante o período de cerca um ano e meio de operação.
“A projeção do mercado, competição e os poucos avanços regulatórios diminuíram as oportunidades encontradas no início do projeto e foram a base dessa difícil decisão tomada pela empresa”, informou a empresa.
De lá para cá, não houve muitos avanços regulatórios neste mercado. Entretanto, a saída do Itaú e a popularização dos criptoativos podem ter sido suficientes para a reconsideração do projeto.
Ainda segundo o Estadão, a XP está atenta à demanda e ao interesse dos seus clientes por criptomoedas. Prova disso é que a corretora já disponibiliza fundos de investimento focados em ativos digitais em sua plataforma.
Globalmente, as corretoras de criptoativos ganharam ainda mais notoriedade após a abertura de capital da Coinbase na Nasdaq.
Outra exchange que planeja se tornar pública é a Kraken. De acordo com um representante da empresa, a oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da plataforma deve acontecer já em 2022.
No Brasil, o Mercado Bitcoin tem uma ideia semelhante. A plataforma brasileira já estaria em contato com bancos e investidores para impulsionar os negócios e realizar uma IPO.
Lorena Amaro
