Ainda segundo a Kaspersky o malware também usa um modelo de recrutamento e afiliação para expandir sua operação para outros países ao redor do mundo e, ao contrário dos outros malwares do tipo, o Bizarro conta com uma 'vantagem' relacionada ao sistema financeiro brasileiro.
Assim, segundo Fabio Assolini, analista sênior da Kaspersky no Brasil, o país tem um dos melhores sistemas de segurança e antifraude para o internet banking do mundo, o que exigiu uma especialização dos criminosos locais e resultou em uma vantagem competitiva quando eles passaram a exportar seu malware para países com uma segurança mais baixa.
"O Bizarro é uma das famílias de trojans financeiro brasileira mais ativas no exterior, tendo a França e o Chile como principais alvos. Este sucesso se deve pela sofisticação do golpe. Os métodos para dificultar a análise e a detecção das atividades maliciosas são incomuns no exterior. Já do lado dos bancos e das empresas que operam com criptomoedas, recomendo que busquem serviços de inteligência de ameaças com informações da região, principalmente se a instituição opera globalmente, pois este conhecimento protegerá a operação e os clientes onde quer que estejam", comenta Assolini.
Tecnicamente, os desenvolvedores deste malware estão adotando uma variedade de técnicas para complicar a análise e detecção da infecção pelas soluções de segurança, assim como truques de engenharia social para convencer as vítimas a entregar suas credenciais bancárias.