A atual queda no preço do Bitcoin (BTC) foi, para muitos, um indicativo do fim do ciclo de alta. Mas o trader Rekt Capital analisou os ciclos de halving e disse o contrário. Para ele, o mercado de alta pode durar pelo menos mais cinco meses.
Em sua conta no Twitter, Rekt fez um comparativo entre os três halvings ocorridos desde 2009. E pela contagem de dias, o topo de preço do BTC ainda está longe de ocorrer.
Para sustentar sua tese, o trader utiliza dois períodos de referência. O primeiro é o menor preço atingido pelo BTC antes de cada halving. Já o segundo é o maior preço que a criptomoeda chegou após os cortes.
Em cada um dos períodos, ele calculou quantos dias se passaram. Por exemplo, no primeiro halving, ocorrido em 2012, o BTC atingiu sua mínima 378 dias antes do corte. Em seguida levou mais 364 dias até atingir a maior cotação do período.
Além disso, cada período foi marcado por fortes baixas, com correções que causaram perdas de no mínimo 80% no preço do BTC.
Porém, a valorização foi igualmente expressiva. O BTC saiu de cerca de US$ 12 para mais de US$ 1.000 no período pós-halving.
No segundo halving, ocorrido em 2016, o BTC atingiu sua mínima 541 dias antes do corte da recompensa. E para atingir a máxima histórica de dezembro de 2017, foram outros 518 dias.
Durante este ciclo, ainda houve a correção de 2018. E assim como em 2012, mais uma queda superior a 80% neste período. Mas o preço saiu de aproximadamente US$ 600 para quase US$ 20 mil em seu topo.
Com esta análise, o trader chega a conclusão de que há uma semelhança entre os padrões de alta e baixa do halving. E ambos relacionam os topos e fundos de preço do BTC.
“Demora aproximadamente a mesma quantidade de tempo para o BTC atingir o fundo antes do halving e para atingir o pico após o halving”, explicou.
De fato, a diferença no primeiro ciclo foi de apenas 14 dias. Já no segundo ciclo ela foi ligeiramente maior: 23 dias.
Por fim, chegamos ao terceiro ciclo de halving, que começou em maio de 2020. E o preço chegou em sua mínima do período 511 dias antes do corte na emissão de novos BTCs.
Assim, caso a tendência se confirme, o novo topo de preço da criptomoeda se dará pelo menos no dia 4 de outubro deste ano. É nesta data que serão completados 511 dias pós-halving.
Ele não chegou a apostar em um preço-alvo. Mas se tomarmos uma valorização de 300 vezes – que foi a obtida no halving anterior – o BTC poderia atingir US$ 11,3 milhões partindo de seu preço atual. Em reais, o valor corresponde a R$ 59 milhões por BTC na cotação de hoje.
O valor é exagerado? Não há como saber. Mas se os padrões passados se repetirem, é possível que US$ 60 mil possa estar longe de ser o topo do BTC em 2021.
Luciano Rocha