O preço do Bitcoin (BTC) terminou os primeiros dias de junho da mesma forma que fechou o mês de maio: em queda. De acordo com o CoinGecko, a criptomoeda fechou a semana valendo por volta de US$ 26.800, com uma queda de 3,46%. No Brasil, a cotação ficou em R$ 132.777.

Por outro lado, o Ether (ETH) também fechou o dia em queda, apesar de sofrer uma desvalorização menor. Na semana passada, a criptomoeda atingiu os US$ 1.869, queda de 1,06%. No Brasil, a cotação do ETH chegou aos R$ 9.269.

Em outras palavras, tanto o BTC quanto o ETH continuam dentro de suas faixas de lateralização, sem apresentar mudanças. Mas para Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, esse cenário pode mudar em breve.

“O sentimento do investidor mudou. A preocupação deixou de ser a recessão e um otimismo com uma provável nova injeção de dinheiro na economia fez o mercado acionário norte-americano se valorizar muito nas últimas semanas. Em breve esse dinheiro deve “correr” para o mercado cripto novamente. Acredito no Bitcoin próximo de 40 mil dólares no segundo semestre”, disse.

Com as quedas de Bitcoin e Ether, a maior parte do mercado de criptomoedas caiu. A BNB liderou as perdas do dia com queda de 2%, e ETH caiu 1,8% nesta segunda-feira (5). Somente a XRP seguiu na contramão e abriu o dia em alta (1,4%).

Por fim, o valor de mercado das criptomoedas caiu 1,5% e está avaliado em US$ 1,17 bilhão (R$ 5,84 trilhões), com um volume total de US$ 30,2 bilhões (R$ 149,9 bilhões). A dominância do BTC caiu para 44% e a do ETH ficou em 19%, o que totaliza 63% do total.

LUNC se destaca

Se as maiores criptomoedas do mercado decepcionaram, o Top 100 registrou desempenhos melhores, sobretudo nas valorizações. Nesse sentido, a Terra Classic (LUNC) liderou os ganhos com uma forte valorização de 25% nos últimos sete dias, seguida da Injective (INJ) com 15,52%.

A própria XRP representou o Top 10 no ranking das maiores valorizações, com ganhos de 13,62% na semana passada, e ficou com a quarta maior valorização.

Por outro lado, as perdas da semana foram lideradas pela Conflux (CFX), que perdeu 15,88%, e mais uma vez a Pepecoin (PEPE), que perdeu 14,21%. A FLR, GT e KAVA fecharam o ranking de perdas com menos 11,17%, 11,08% e 10,54%, respectivamente.

Futuros e liquidações

Quedas nos preços levaram os volumes de derivativos a registrar fortes liquidações. Nos futuros, o volume total chegou a US$ 55,7 bilhões, alta de 54,2% nas últimas 24 horas. A Binance liderou os futuros negociando US$ 10,61 bilhões, com a Bitget ocupando a segunda colocação com US$ 3,37 bilhões.

Nas liquidações, o volume cresceu mais de 117% e abriu o dia a US$ 58,9 milhões, dos quais US$ 42,69 milhões são de posições compradas (long) e US$ 16,22 de posições vendidas (short). O BTC liderou as liquidações short e a XRP se destacou na outra ponta.

No total, 29.331 traders foram liquidados e a maior perda individual liquidou US$ 2,01 em uma negociação no par BTC/USDT na exchange Bybit.

Luciano Rocha