Uma informação está preocupando o mercado dos criptoativos. Aparentemente os endereços de IP dos investidores de Ether (ETH) estão sendo rastreados.
De acordo com Justin Drake, pesquisador da Ethereum Foundation, isso é parte dos metadados sensíveis que são rastreados dos proprietários de ETH.
Em participação no podcast Bankless, Drake disse que todos os endereços de IP de ether stakers podem ser rastreados e correlacionados com os dados dos proprietários do criptoativo.
Drake não divulgou sua fonte da informação, citando dados internos da Ethereum Foundation. Além disso, o pesquisador afirmou que a coleta de dados em endereços IP é apenas a ponta do iceberg.
De fato, isso é apenas parte de uma coleção maior de metadados do proprietário de ETH que inclui endereços de depósito, endereços de saque, destinatários de comissões, entre outras informações.
Drake sugeriu que os dados sobre os membros mais ativos e envolvidos da comunidade Ethereum sejam coletados e analisados dessa maneira.
Uma consequência negativa pode ser uma situação em que alguém, além de coletar informações, censure deliberadamente a rede e negue o acesso a determinados usuários ou rejeite transações.
O uso indevido deliberado de dados confidenciais pode representar sérias ameaças ao Ethereum, como tornar a rede vulnerável a ataques Sybil.
Um ataque Sybil pode ter como objetivo obter influência indevida nas decisões da rede. Dependendo do objetivo, basta que um invasor crie ou controle uma série de aliases que lhe permitirão obter controle desproporcional sobre as soluções de rede.
Vale lembrar que em novembro do ano passado a ConsenSys, gestora da carteira Ethereum Metamask, começou a coletar endereços IP para cumprir os requisitos KYC e AML.
E recentemente, de acordo com 0xB10C (pseudônimo), desenvolvedor de aplicativos da rede Bitcoin, a privacidade dos dados pessoais de proprietários de carteiras de Bitcoin (BTC) estaria em risco.
Isto porque uma pessoa ou grupo intitulado: LinkingLion, estaria coletando dados sobre proprietários de carteiras de BTC desde março de 2018.
Jorge Siufi
