A Sony entrou com um pedido de patente nos Estados Unidos neste mês para uma possível coleção de tokens não-fungíveis (NFTs, na sigla em inglês) que estariam ligados aos jogos produzidos pela empresa, que também é a criadora e distribuidora do console PlayStation.
De acordo com o pedido, o objetivo da empresa com os colecionáveis digitais seria ter mais flexibilidade em relação aos ativos que existem em seus jogos. Ela ressaltou, porém, que os tokens seriam compatíveis não apenas com o PlayStation, mas com jogos em consoles de concorrentes, como a Nintendo e a Microsoft.
O pedido também inclui a possibilidade dos criptoativos serem interoperáveis entre o PlayStation e dispositivos de realidade virtual, realidade aumentada, smartphones, tablets, computadores e televisões, indicando um interesse da gigante de tecnologia em explorar o uso de tokens em diferentes dispositivos.
A Sony é conhecida por ter criado e lançado marcas famosas do mundo dos games, com um dos lançamentos mais famosos sendo o jogo The Last of Us, que se tornou uma série de sucesso na HBO. A princípio, todas as propriedades intelectuais da empresa poderiam ser aproveitadas como tokens não-fungíveis.
O interesse da Sony em NFTs não é uma novidade. Em novembro, a empresa também entrou com uma solicitação de patente nos Estados Unidos. Entretanto, as autoridades do país rejeitaram o pedido, alegando que ele falhou em "integrar uma ideia abstrata com uma aplicação prática".
Além disso, em 2022 a empresa anunciou uma parceria com a Lego para financiar um projeto de metaverso, uma nova tecnologia que combina elementos como realidade virtual, realidade aumentada e digitalização da economia e da sociedade como um todo.
Outra empresa que entrou nos últimos meses com um pedido de patente sobre NFTs nos Estados Unidos foi a fabricante de relógios Rolex. As patentes envolvem os criptoativos, chaves de segurança, transações, leilões virtuais, um marketplace próprio e as transferências desses tokens.