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Distribuição de criptomoedas entre bancos é desigual e exposição a riscos prudenciais aumenta, diz relatório do BIS

Publicado em 02/03/2023 às 11:07

Um banco responde por quase 62% de toda a exposição prudencial aos criptoativos, e quase dois terços dos bancos que detêm criptomoedas estão nas Américas, segundo relatório do Banco de Compensações Internacionais.
 

Cerca de 20% dos bancos têm exposição a criptoativos, segundo um relatório do Banco de Compensações internacionais (BIS) divulgado em 28 de fevereiro. A maioria desses bancos está no Hemisfério Ocidental.

De acordo com o relatório – baseado em dados do primeiro semestre de 2022 – 17 bancos do Grupo 1 relataram possuir aproximadamente 2,9 bilhões de euros em exposição prudencial a criptoativos e 1 bilhão de euros em criptoativos sob custódia. Um banco do Grupo 1 é aquele que tem um capital superior a 3 bilhões de euros e atua internacionalmente. Essa soma inclui o capital próprio do banco e as suas reservas divulgadas.

Os 17 bancos representam pouco menos de 20% do total monitorado pelo BIS. Onze deles estão nas Américas, quatro na Europa e dois em outras partes do mundo. As participações em criptoativos representavam uma pequena fração do patrimônio desses bancos:

“Em termos relativos, as exposições prudenciais representam apenas 0,013% das exposições totais em uma base média ponderada na amostra de bancos que relatam exposições a criptoativos, enquanto os criptoativos sob custódia representam apenas 0,005% das exposições totais.”

O BIS instituiu padrões que limitam os bancos a maner no máximo 2% de suas reservas em criptoativos até o início de 2025.

A íntegra do relatório de monitoramento #Basel_III está aqui

— Hyun Song Shin (@HyunSongShin)

Entre todo o conjunto de bancos monitorados, a exposição a criptoativos representa 0,003% das exposições totais, e os criptoativos sob custódia representam 0,001% do total. A exposição prudencial aumentou 30% no primeiro semestre do ano passado e a custódia diminuiu 66%. O último número foi particularmente impactado pelos bancos que abandonaram o estudo, observa o relatório, enquanto o restante da queda foi atribuída à desvalorização do mercado de criptoativos.

 

Um único banco não identificado respondia por 61,7% de toda a exposição prudencial a criptoativos e quatro outros bancos eram responsáveis por 35% da exposição. A compensação e a negociação de criptoativos foram responsáveis por quase três quartos de toda a exposição prudencial dos bancos a criptoativos. O Bitcoin BTC R$121.901 respondia pela maior exposição subjacente a ativos digitais, com mais de 40%. A Coinbase ficou em segundo lugar com um pouco menos de 30%, e o Ether ETH R$8.515 ficou em um distante terceiro lugar, com menos de 5%.
 

DEREK ANDERSEN

 

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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