A empresa global de pagamentos digitais, PayPal, está interrompendo o projeto de sua stablecoin.
A stablecoin está sendo desenvolvida junto à empresa Paxos Trust, braço da empresa emissora das stablecoins USDP (Pax) e BUSD (Binance).
De acordo com a Bloomberg, a interrupção tem a ver com a investigação que o Departamento de Serviços Financeiros de Nova York (NYDFS) está conduzindo sobre a Paxos.
O NYDFS iniciou uma investigação sobre a Paxos Trust, a empresa parceira do PayPal na criação de sua stablecoin.
Assim, após a notícia a PayPal Holdings Inc preferiu suspender o projeto, o qual seria lançado nas próximas semanas.
A stablecoin do PayPal será lastreada em 1:1 com o dólar, com reserva em fundos tradicionais.
A pausa no projeto tem relação com o aperto regulatório que as entidades governamentais têm imposto ao mercado de criptoativos, agravado com o caso da exchange FTX.
Amanda Miller, porta-voz do PayPal, disse em e-mail que a empresa estava ‘explorando uma stablecoin’, e trabalhara em ‘estreita colaboração com os reguladores’.
O NYDFS ainda não protocolou acusação contra a Paxos, e também não foram divulgados os motivos da investigação.
Em janeiro de 2022 descobriu-se que a PayPal Holdings Inc. estava explorando a possibilidade de lançar uma stablecoin lastreada em dólar.
À época o desenvolvedor de software, Steve Moser, descobriu um código e imagens ocultas no aplicativo do PayPal que mostrava um sistema de pagamentos com criptoativos.
Moser compartilhou as informações com a Bloomberg que as publicou.
Na ocasião o chefe do departamento de criptomoedas do PayPal, Jose da Ponte, confirmou que a empresa estava explorando as possibilidades de produzir sua própria stablecoin.
Além disso, disse que o sistema de pagamento deveria trabalhar em estreita colaboração a Legislação, além de trazer segurança e confiabilidade aos usuários.
A empresa já trabalha com soluções em blockchain e desde o início de 2021 trabalha sobre o conceito de stablecoin, inclusive com a possibilidade de integrar as CBDCs em seu sistema de pagamentos.
Jorge Siufi