Um novo estudo global realizado pelo CoinJournal revelou que o Brasil tem o sexto maior número de proprietários de criptomoedas. De acordo com a publicação, cerca de 7% da população brasileira tem algum tipo de criptoativo atualmente.
Analisando dados como ganhos com criptomoedas, número de empresas que atuam no setor de criptoativos e o total de detentores de criptomoedas, o Brasil ganhou uma pontuação de 9.52, colocando a nação entre os países em que os criptoativos fazem mais sucesso.
Segundo os dados, o Brasil lidera com folga o setor na América Latina e, em todo o continente americano, perde apenas para os Estados Unidos, que lideram o ranking global do CoinJournal. O país tem o maior número de proprietários, com mais de 46 milhões de investidores ativos, totalizando cerca de 13% da população.
O Vietnã ficou em segundo lugar considerando o número de proprietários de criptomoedas por país, com mais de 20 milhões de traders ativos. O país também teve uma porcentagem maior da população envolvida em criptomoedas do que nos Estados Unidos, 20,27%. Já o Paquistão ficou em terceiro lugar, com quase 26,5 milhões de traders ativos no país.
Todos os países tiveram um aumento considerável nos ganhos com criptomoedas no ano passado, com os EUA experimentando um aumento de 476%, enquanto o Reino Unido e a Alemanha tiveram crescimentos de 431% e 423%, respectivamente.
Os Estados Unidos têm ainda o maior número de empresas de criptomoedas ,com mais de 4.600. Singapura vem em segundo lugar, com 643. A Estônia tem o terceiro maior número de startups cripto do mundo, atrás dos EUA e Reino Unido, com 406.
No ano passado, um estudo da Chainalysis já mostrava que o Brasil era um dos países líderes na adoção de criptomoedas. Segundo o relatório, chamado Geography of Cryptocurrencies (Geografia das Criptomoedas, em tradução livre), os maiores casos de uso no Brasil são especulação, reserva de valor e remessas internacionais.
Thomaz Fortes, head da área de criptomoedas do Nubank, avalia que o aumento na especulação no mercado cripto, entre 2021 e 2022, foi causado pela democratização do acesso às moedas digitais. Por sua vez, essa democratização permitiu uma entrada maior de investidores do varejo.
Dan Yamamura, sócio-fundador da gestora carioca Fuse Capital, classifica o avanço no ranking de adoção como algo “super positivo” para o ambiente empresarial do mercado cripto. Ele ressalta também os esforços regulatórios feitos, que se somam ao avanço da adoção e tornam o país mais atraente para novos negócios.