Uma nova teoria surgiu dizendo ter provas irrefutáveis sobre quem é o verdadeiro Satoshi Nakamoto. Assim, para isso, os ‘detetives’, usaram uma suposta chave privada que teria assinado a primeira transação de Bitcoin: de Nakamoto para Hal Finney.
Em janeiro de 2009, Hal Finney recebeu 10 Bitcoins de Satoshi Nakamoto. Este fato é irrefutável e amplamente conhecido na comunidade cripto. Assim, somente Hal Finney teria acesso a estes Bitcoins que estão atrelados a sua chave privada.
Desse modo, Hal, enquanto esteve vivo, nunca moveu estes Bitcoins ou assinou qualquer transação referente a eles. No entanto, Hal Finney morreu em 2014 e, em 2017, uma transação foi assinada com sua chave privada.
Portanto, vale ressaltar que quem assinou a transação não foi Hal Finneym mas alguém com a chave privada dele. Outro fato que é preciso esclarecer é que a família de Hal Finney vendeu vários de seus Bitcoins logo que ele faleceu.
Desse modo não é possível saber como esta venda ocorreu, se foi uma venda com a transferência dos BTC ou a venda da carteira de Finney. Desse modo é difícil determinar quem ‘declarou’ e registrou, com a chave privada que um dia pertenceu a Hal Finney, que Nakamoto é Paul Le Roux.
Assim, diversos desenvolvedores do BTC publicaram apontamentos contra a teoria ‘com provas’ de que Satoshi era um criminoso. Um deles foi o desenvolvedor do Bitcoin, Gregory Maxwell.
Desse modo, ele argumentou que qualquer um com a chave privada de Hal Finney poderia assinar a transação. Desse modo, a pessoa poderia escrever qualquer coisa, mas nada disso prova que o que está escrito é verdadeiro.
Matt Corallo, outro desenvolvedor de Bitcoin, concorda: “As mensagens de assinatura de Bitcoin não existiam na época de Finney”, disse.
“Portanto, vendida ou não, a mensagem foi claramente assinada por alguém após a morte de Hal. Isso não significa que o que está assinado na mensagem é verdadeira”, afirma.
Ele também acrescenta que é impossível determinar quem poderia ter assinado a transação com uma chave privada que pertenceu a Hal Finney. “No entanto, podemos ver que quem o fez nem sequer conseguiu escrever o nome de Paul Le Roux corretamente”, finaliza.
Luciano Rodrigues