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FMI pede regulamentação cripto mais rígida na África à medida que a indústria se desenvolve

Publicado em 25/11/2022 às 11:36

O colapso da FTX é uma das razões pelas quais os países da região devem adotar regulamentação clara sobre o mercado de ativos digitais, observou o fundo monetário.
 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está pedindo maior regulamentação dos mercados de ciptomoedas da África, visto que o continente registra uma taxa de crescimento da adoção de ativos digitais mais aceleradas do mundo, informou o blog da instituição global em 22 de novembro.

Entre as razões pelas quais os países da região devem adotar a regulamentação, o FMI citou o colapso da FTX e seu efeito cascata nos preços das criptomoedas, fato que está “provocando novos apelos por maior proteção ao consumidor e regulamentação para a indústria de criptomoedas”.

Além disso, os autores argumentam que “os riscos dos criptoativos são evidentes” e “é hora de regular” para encontrar um equilíbrio entre a mitigação dos riscos e maximização da inovação. Com base nas Perspectivas Econômicas Regionais de outubro de 2022 para a África subsaariana, a peça afirma que “os riscos são muito maiores se as criptomoedas forem adotadas como moeda legal”. Representa uma ameaça às finanças públicas se os governos aceitarem as criptomoedas como meio de pagamento.

A publicação também observou:

“Os formuladores de políticas também estão preocupados que as criptomoedas possam ser usadas para transferir fundos ilegalmente para fora da região e contornar as regras locais que limitam as saídas de capital. O uso generalizado de criptomoedas também pode minar a eficácia de políticas monetárias governamentais, criando riscos para a estabilidade financeira e macroeconômica da região."

De acordo com os dados do FMI, 25% dos países da África subsaariana regulamentaram formalmente as criptomoedas, enquanto dois terços implementaram algumas restrições. Por outro lado, Camarões, Etiópia, Lesoto, Serra Leoa, Tanzânia e República do Congo baniram os criptoativos por lei, representando 20% dos países da África subsaariana. Quênia, Nigéria e África do Sul concentram o maior número de usuários na região.

Entre julho de 2020 e junho de 2021, o mercado cripto da África aumentou em valor em mais de 1.200%, de acordo com dados da empresa de análise on-chain Chainalysis, com crescimento forte da adoção no Quênia, na África do Sul, na Nigéria e na Tanzânia.

Conforme relatado pelo Cointelegraph, Gana está testando uma moeda digital do banco central (CBDC). Segundo Kwame Oppong, um executivo do Banco de Gana, a iniciativa do país visa promover a inclusão financeira. Gana tem o potencial de atingir níveis de adoção de cripto semelhantes ao Quênia e à Nigéria, países classificados respectivamente em 11º e 19º no Índice Global de Adoção de Criptomoedas da Chainalysis.

ANA PAULA PEREIRA

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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