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10.000 BTC são movidos de carteira vinculada ao hack da Mt. Gox

Publicado em 24/11/2022 às 12:19

Os Bitcoins ficaram inativos na conta por mais de sete anos e, com a mudança, a maioria foi encaminhada a carteiras pessoais.


Uma carteira de criptomoedas pertencente à exchange BTC-e transferiu 10.000 Bitcoins, atualmente equivalentes a mais de US$ 165 milhões, para várias exchanges, carteiras pessoais e outras fontes em 23 de novembro.

Um relatório da Chainalysis divulgado em 23 de novembro sugeriu que, embora essa retirada seja a maior da BTC-e desde abril de 2018, o BTC-e e o WEX - uma exchange que se acredita ser a sucessora da BTC-e - enviaram pequenas quantidades de BTC para o serviço de pagamentos eletrônicos russo Webmoney em 26 de outubro antes de fazer uma transferência teste em 11 de novembro e, em seguida, transferir mais 100 BTC em 21 de novembro.
 
O movimento dos BTCs pertencentes às carteiras da BTC-e da WEX. Imagem: Chainalysis

Do total enviado, acredita-se que 9.950 BTC estejam armazenados em carteiras pessoais, enquanto o restante foi movido por intermediários antes de terminar em quatro endereços de depósito de duas grandes exchanges.

O cofundador e CEO da empresa de análise de blockchain Cryptoquant, Ki Young Ju, também verificou as descobertas observando que 0,6% dos fundos foram enviados para exchanges e podem representar liquidez do lado da venda.

Em uma publicação no Twitter de 24 de novembro, Young Ju compartilhou imagens da transferência destacando que o BTC estava na carteira há mais de sete anos.

10.000 $ BTC de 7 anos de idade foram movidos hoje.

Nenhuma surpresa, é de criminosos, como a maioria dos antigos Bitcoins. É a carteira da exchange BTC-e relacionada ao hack Mt. Gox de 2014.

Eles enviaram 65 BTC para @hitbtc algumas horas atrás, então não é um leilão do governo ou algo assim

— Ki Young Ju (@ki_young_ju)

Young Ju também mencionou que 65 BTC foram transferidos para a exchange de criptomoedas HitBTC e pediu aos administradores da empresa que suspendessem a conta relacionada por atividades suspeitas.

A Mt. Gox era uma exchange de criptomoedas com sede em Tóquio que chegou a ser responsável por mais de 70% das transações de Bitcoin. Em 2014, a exchange foi hackeada e milhares de Bitcoins foram roubados. A Mt. Gox entrou com um pedido de falência logo depois.

A BTC-e, que tinha seus servidores localizados nos EUA, teve seu site fechado e seus fundos apreendidos pelo Departamento Federal de Investigação (FBI) em 2017, após denúncias de que estava envolvida em lavagem de dinheiro, incluindo criptomoedas roubadas durante o hack da Mt. Gox.

De acordo com a Chainalysis, no momento de sua interdição, a BTC-e ainda detinha “uma quantidade substancial de Bitcoin”. Em abril de 2018, mais de 30.000 BTC foram retirados de sua carteira de serviço.

Enquanto os proprietários da BTC-e tentaram permanecer anônimos, Alexander Vinnik é considerado o principal operador da exchange. Como tal, está envolvido em batalhas legais nos últimos cinco anos.

Um relatório da WizSecurity divulgado em 2017 alegou que a BTC-e e Vinnik estavam diretamente envolvidos no roubo de Bitcoins da Mt. Gox e de fundos dos usuários. 

LUKE HUIGSLOOT

 

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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