Os governos da Tailândia e da Hungria formalizaram um acordo para desenvolverem em conjunto tecnologia blockchain para seus países.
A Thai Fintech Association (TFA) e a Coalizão Húngara de Blockchain assinaram um memorando de entendimento, sob o qual trocarão experiências para a implementação de blockchain no sistema financeiro.
A TFA foi fundada em 2016, e criou o “F13” em 2019, que é um hub de tecnologias que visa acelerar o desenvolvimento da indústria de startups e fintechs, principalmente no setor de blockchains.
Já a Coalizão Húgara de Blockchain foi criada em março deste ano através de uma iniciativa do Ministério da Inovação e Tecnologia, e do Centro Nacional de Conhecimento em Economia de Dados húngaro, com o objetivo de pesquisa e desenvolvimento de serviços e tecnologia em blockchain.
A parceria foi formalizada durante o evento “1st Thai-Hungarian Fintech Forum: Powering the Financial Revolution Together”, realizado pela embaixada húngara para apresentar novas tecnologias digitais.
O presidente da TFA, Chonladet Khemarattana, disse no evento que o comércio eletrônico, os pagamentos móveis e moedas digitais estão se desenvolvendo rapidamente na Tailândia, e a cooperação internacional é necessária para desenvolver ainda mais as tecnologias financeiras locais.
“A colaboração com empresas húngaras ajudará a Tailândia a ganhar mais experiência e iniciar novas ideias ou serviços no futuro”, disse Khemarattana.
Atualmente a Tailândia é um dos maiores mercados cripto do mundo, e de acordo com dados da empresa analítica Chainalysis é o oitavo país que mais desenvolveu seu mercado cripto, conforme mostrado no Índice Global de Adoção cripto/2022.
Estima-se que cerca de 20% dos detentores de criptoativos do mundo residem no país.
A Tailândia inclusive já deu início aos testes com a sua moeda digital estatal, a CBDC, em parceria com a China e os Emirados Árabes.
Já o embaixador húngaro, Sándos Sipos, disse que “a Hungria considera de extrema importância promover as mais recentes soluções de fintech e estabelecer uma cooperação profunda com nossos parceiros neste esforço comum”.
A Coalizão húngara disse que a aceitação da tecnologia blockchain de um país é um forte fator na competição internacional, e que sua aplicação é estratégica para as principais economias do mundo.
De acordo com Ferenc Vágujhelyi, presidente da Coalizão, “os usuários de blockchain não esperam apoio direto do governo, pois acreditam principalmente na própria tecnologia. Como resultado, a Coalizão não tentará definir o ecossistema, mas sim, contribuir para a identificação de oportunidades para a exploração econômica de blockchain na Hungria e para o desenvolvimento de uma estrutura legal apropriada”.
Jorge Siufi