Plataforma sofreu um ataque DDOS
No final do mês passado, o Brasil ganhou sua primeira pool de mineração de Ethereum, a Garimpool. Pool é o nome que se dá a grupos de mineradores que decidem unir seus ‘poderes computacionais’ para quebrar blocos e dividir a recompensa da atividade.
O projeto foi lançado pelos brasileiros Bruno Kauf e Mayron Muylaert — ambos entusiastas das criptomoedas e com experiência na área de tecnologia — e mais três sócios.
“Fiz uns cursos de tecnologia no Vale do Silício, na Califórnia (EUA), onde eu morava, e voltei de lá com essa ideia de montar um grupo de mineração”, disse Kauf ao Portal do Bitcoin.
Menos de uma semana após ser lançada, a plataforma atraiu cerca de 400 mineradores e ficou entre as 40 maiores do mundo, segundo o site MiningPoolStats.
Até o último final de semana, quatro blocos tinham sido mineradores, cada um variando entre US$ 8 mil e US$ 12 mil, disse Kauf.
Mas aí veio o problema.
Na segunda-feira (3), a pool foi atacada e saiu do ar. Uma mensagem foi fixada no site, garantindo que os fundos dos mineradores estavam seguros. Havia 1,51 Ether – cerca de US$ 5.100 – para ser distribuído, segundo Kauf. Alguns youtubers e mineradores começaram a ser perguntar se o negócio todo não passava de algum tipo de golpe.
Na manhã da quinta-feira (5), no entanto, a plataforma foi restabelecida. De acordo com Kauf, o site sofreu uma tentativa malsucedida de ataque em conjunto com um DDOS. Em resumo, um DDOS é um tipo de ‘investida virtual’ que sobrecarrega o sistema e deixa os servidores indisponíveis.
“Fizemos testes de segurança e trabalhamos muito para retornar as operações da Garimpool. Crescemos muito rápido e atraímos pessoas boas e ruins. Temos suspeitas de quem atacou a gente, mas não podemos falar”, disse Kauf.
Na sexta-feira (7), a plataforma voltou a figurar entre as top 40 pools do mundo e a ter pouco mais de 400 mineradores. Um deles é o youtuber Denny Torres, que mantém um canal sobre mineração caseira no Youtube.
Em vídeo publicado nesta semana, Denny disse que uma pool nova e pequena, por ainda ter poucos mineradores, leva mais tempo para minerar um bloco de Ethereum e distribuir o lucro nas wallets.
Por outro lado, falou ele, como há menos participantes, o prêmio pago a eles após a descoberta do bloco é maior do que em uma pool maior.
Lucas Gabriel Marins