Desde que a China baniu as negociações de criptomoedas, as autoridades do país começaram a apertar o cerco. Como resultado, 259 casos envolvendo lavagem de dinheiro com criptomoedas foram combatidos, com a apreensão de 11 bilhões de yuan.
O valor corresponde a cerca de R$ 9,4 bilhões em valores atuais. De acordo com as notícias, a China está aplicando estratégias inovadoras para combater a lavagem de dinheiro com criptomoedas.
De acordo com rede de televisão estatal CCTV, o Ministério da Segurança Pública do país resolveu 259 casos que envolvem a lavagem de dinheiro da criptomoedas. O país classificou os números como fruto de um “importante avanço”.
A China tem sido cautelosa com novas tecnologias, mas deixou muito clara sua postura anti-criptomoedas. Em maio de 2021, os políticos chineses proibiram os estabelecimentos financeiros do país de se engajar em qualquer transação de criptomoedas.
Em seguida, o alvo foi a mineração de Bitcoin (BTC), que culminou na proibição total em junho. Na época, o governo chinês justificou o impacto ambiental da mineração com justificativa. No entanto, as medidas parecem visar a eliminação de uma possível concorrência ao yuan digital.
Como parte de seus esforços para auxiliar no alcance de alvos de pico de carbono e neutralidade de carbono, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China concluiu recentemente que a mineração de criptografia é “obsoleta” no país.
A palavra obsoleto nesse sentido não quer dizer atrasada, mas sim à proibição dos mineradores de buscar investimento. Com isso, o governo chinês busca cortar o financiamento aos mineradores que ainda operam no país
Essa proibição se aplica não apenas às empresas domésticas, mas também estrangeiras que operam na China. No entanto, o documento publicado pela Agência do Estado não revelou quando as atividades de mineração serão eliminadas completamente.
A China pode ter proibido as criptomoedas, mas isso não significa dar às costas para a tecnologia. O próprio yuan digital é o maior exemplo disso, mas o país também busca expandir os recursos de blockchain, tokens não fungíveis (NFTs) e Metaverso.
Conforme noticiou o CriptoFácil, a Rede de Serviços de Blockchain (BSN) chinesa lançará uma infraestrutura que permitirá criar, vender e comprar NFTs. Porém, os tokens não serão vinculados a nenhuma criptomoeda ou blockchain descentralizada.
Luciano Rocha