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Ethereum ganha novos concorrentes capazes de surpreender em 2022

Publicado em 05/01/2022 às 20:19

Apesar de uma virada de ano negativa para as principais criptomoedas do mercado, novos postulantes ao posto de "Ethereum Killer" se apresentam registrando valorizações expressivas apesar da indecisão do mercado.

 

Definitivamente, 2021 será lembrado como um divisor de águas para a indústria de criptomoedas como o ano em que certas crenças arraigadas dos mais antigos investidores acabaram sendo abaladas pelo surgimento de tendências diversas como NFTs, DeFi 2.0, os criptomemes virando coisa relativamente séria, o metaverso e a ascensão de rivais do Ethereum, ele próprio alçado à condição de maior rival do Bitcoin (BTC) pelos adeptos da teoria do flippening, que prevê que a segunda maior criptomoeda do mercado em breve poderá superar a primeira, tornando-se a líder de uma nova era.

O ano passado sozinho pode ser considerado equivalente a um ciclo inteiro e a frieza das principais criptomoedas do mercado neste início de 2022 pode ser indicativo de uma nova transformação que já fora antecipada por algumas entidades do mercado: a descorrelação entre os preços dos criptoativos.

Até 2021, o Bitcoin era soberano para determinar a direção geral do mercado, ainda que as altas de 2017 e de 2021 tenham sido marcadas por altseasons subsequentes à renovação das máximas históricas do BTC.

Já no final do ano passado, ascensão do Terra (LUNA) rumo ao top 10 enquanto as demais principais criptomoedas do mercado mantinham-se dormentes apontou que algo pode estar mudando. Da segunda metade de dezembro até agora, o setor DeFi se descolou da letargia geral do mercado, com Yearn.Finance (YFI), Curve (CRV), Alchemix (ALCX), Convex Finance (CVX), Ribbon Finance (RBN) registrando ganhos substanciais.

Outra categoria que vem se destacando nos últimos 30 dias pode ser categorizada genericamente como a segunda geração de "Ethereum Killers". Não por se tratarem exatamente de protocolos novos, mas por estarem em ascensão em um momento em que os principais postulantes a desbancar o líder passam por correções de preço e dificuldades operacionais.

Na terça-feira, a Solana sofreu o terceiro incidente de congestionamento de rede e de falha no processamento de transações em poucos meses. A comunidade segue debatendo se se tratou de outro ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) ou se os problemas foram causados por problemas de rede. De um jeito ou de outro, o SOL opera em queda de 2,46% nas últimas 24 horas.

A Cardano (ADA) segue sem adicionar funcionalidade à rede apesar das promessas do seu criador, Charles Hoskinson, e da força da comunidade de desenvolvedores e usuários. Atualmente cotado a US$ 1,32, o ADA vem mantendo-se em uma faixa estreita de preço mais de 50% abaixo da máxima histórica registrada em setembro.

O Terra (LUNA) sofre uma correção natural motivada pela realização de lucros após a máxima histórica atingida em 27 de dezembro. Outros destaques da altseason de 2021, Polkadot (DOT) e Avalanche (AVAX) estão atualmente precificados 46% e 28% abaixo de suas máximas históricas, respectivamente.

E o próprio líder Ethereum mantém-se estagnado enquanto a comunidade aguarda a conclusão da transição para o Ethereum 2.0, cujos desafios não são nada pequenos: tornar a rede mais leve e ágil, solucionando definitivamente os gargalos de escalabilidade e das altas taxas de transação, aliado a uma maior eficiência energética, conforme o próprio criador da rede, Vitalik Buterin, declarou em uma entrevista recente.

Novos concorrentes

À medida que líder e vice-líder dão demonstrações de fraqueza e levantam dúvidas sobre suas reais capacidades de entregar o que prometem, novos rivais de primeira camada se credenciam à disputa - ou a um futuro multi-chain - apresentando um crescimento substancial nos últimos 30 dias.

Desempenho de protocolos de contratos inteligentes de primeira camada nos últimos 30 dias. Fonte: Trading View

O principal destaque entre protocolos alternativos de primeira camada é o Near Protocol (NEAR). Desde o início de dezembro, já cresceu 122% impulsionado pela integração com outras redes e está cotado a US$ 16,28 no momento em que este texto está sendo escrito, de acordo com dados do CoinMarketCap. 

O NEAR é uma blockchain dedicada à implantação de contratos inteligentes que usa um mecanismo de consenso de Prova-de-Participação (PoS) e uma tecnologia conhecida como sharding para potencializar a escalabilidade da rede e reduzir as taxas de transação.

Na segunda-feira, a exchange descentralizada (DEX) e ponte cross-chain Synapse Protocol tornou-se disponível no Aurora, uma Ethereum Virtual Machine (EVM) que permite a integração de DApps criados na rede Ethereum ao Near.

Ainda no final do ano passado, os desenvolvedores haviam anunciado a incorporação do UST, exatamente em um momento em que a adoção da stablecoin atrelada ao dólar do Terra vem crescendo. A integração foi impulsionada por campanhas de incentivo para incrementar a liquidez da stablecoin.

Outros projetos que aderiram ao Near Protocol incluem soluções para finanças descentralizadas como DePocketFinance, CraftingFinance e EndlessFM. Todas estas parcerias contribuíram para o que o NEAR atingisse uma capitalização de mercado de US$ 9,9 bilhões e alcançasse a 23ª posição no ranking de criptomoedas.

Em segundo lugar em termos de desempenho vem o Fantom (FTM), que conseguiu reverter a tendência de baixa iniciada no começo de novembro após o rali que o conduziu a máxima histórica de US$ 3,48 em 28 de outubro.

No momento em que este texto está sendo escrito, o FTM está cotado a US$ 2,95, de acordo com dados do CoinMarketCap, ainda 17% abaixo do seu preço recorde, o que indica que ainda há espaço para uma valorização adicional do token, apesar dos ganhos de 77,5% nos últimos 30 dias.

Vale notar também que no mesmo período, o valor total bloqueado na plataforma (TVL) cresceu 36%, subindo de US$ 5,8 bilhões em 5 de dezembro para US$ 7,9 hoje. O Fantom ostenta agora o 6º maior TVL entre todas as redes de contratos inteligentes do mercado.

Puxado pela ascensão do game DeFi Kingdoms (JEWEL), cujo valor total movimentado em negociações na plataforma ultrpassou o do líder do setor de games em blockchain, Axie Infinity (AXS), o Harmony (ONE) também apresentou um crescimento consistente nos últimos 30 dias. O ONE saltou de US$ 0,1708 para US$ 0,3101 nesse período, acumulando ganhos de 64% e uma capitalização de mercado de US$ 3,5 bilhões.

Apenas nos últimos sete dias, o valor total bloqueado (TVL) na plataforma cresceu mais de 38%, chegando a US$ 1,5 bilhão. Desse montante, o DeFi Kingdoms responde por mais de US$ 1,1 bilhão. Ou seja, o crescimento recente do Harmony está diretamente ligado ao sucesso do jogo.

Por fim, o Cosmos (ATOM) acumla ganhos de 58% nos últimos 30 dias, sendo que o ápice do rali de alta se concentrou entre 29 de dezembro e 4 de janeiro. Uma das forças por trás da alta do Cosmos foi o crescimento do valor total bloqueado (TVL) acima da marca de US$ 1 bilhão na exchange descentralizada Osmosis, que opera no protocolo.

Nesta janela de sete dias o ATOM subiu de US$ 25,71 e bateu em US$ 43,42, chegando muito perto de bater o recorde histórico de preço de US$ 44,70, antes de sofrer uma correção que o empurrou para US$ 37,90, valor em que está cotado no momento em que este texto está sendo escrito.

Mais uma vez a região entre US$ 40 e US$ 44 se apresentou como uma forte resistência. Em setembro e outubro, em mais de uma ocasião ralis de alta foram barrados nesta zona. A queda abaixo de US$ 39,45 pode derrubar o ATOM para níveis ainda mais baixos no curto prazo.

No entanto, apesar do fraco desempenho recente, analistas acreditam em uma possível retomada de alta do Ethereum. Caso se confirme, o rali poderá ser capaz de impulsionar o Ether para uma nova máxima histórica na faixa de US$ 5.000.

CAIO JOBIM

Fonte: https://cointelegraph.com.br

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