O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes negou liberdade a Gladson dos Santos, Faraó dos Bitcoins responsável pela GAS Consultoria.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes negou nesta semana um Habeas Corpus impetrado a favor do suposto empresário Glaidson dos Santos, preso desde agosto deste ano.
Segundo o Consultor Jurídico, a defesa de Glaidson, um dos sócios da suposta pirâmide GAS Consultoria, desmontada pela operação Kryptos neste ano, pediu a revogação da prisão ou substituição por medidas cautelares, alegando que a operação da Polícia Federal foi deflagrada sem a necessidade de custódia cautelar.
A defesa também argumenta que as atividades da GAS Consultoria não se enquadram na lei que define crimes contra o sistema financeiro, já que "a negociação de criptomoedas ainda não foi objeto de regulação no ordenamento jurídico".
O Habeas Corpus do empresário também havia sido negado pelo Tribunal Regional Federal da 2a. Região e pelo Superior Tribunal de Justiça.
Na análise do Habeas Corpus, Alexandre de Morais escreve que a análise do caso pelo STJ ainda não foi encerrada, já que falta a apreciação do colegiado da corte naquela instância.
A GAS Consultoria foi desmontada na Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, onde oferecia rendimentos de 10% ao mês com investimentos em Bitcoin. Segundo as investigações, a pirâmide teria movimentado R$ 38 milhões em ao menos sete países e no Brasil.
Como noticiou o Cointelegraph Brasil, a Operação Kryptos também lançou um alerta em seu relatório sobre o uso de criptomoedas para lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
Além de Glaidson dos Santos, outros cinco cúmplices do esquema teriam fugido para países no Caribe depois da Justiça brasileira pedir a prisão dos investigados.
Depois da queda da suposta pirâmide, ainda surgiu um token batizado de GASBitcoin, homenageando o "Faraó dos Bitcoins", que já nasceu envolvido em polêmica e suspeitas de dump.
LUCAS CARAM