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Promotoria de cidade nos EUA vende criptomoedas confiscadas e lucra US$ 143 mil

Publicado por Wagner Riggs em 02/05/2021 às 11:48

Fundos estavam congelados desde a apreensão

 

O Ministério Público do Condado de Monmouth, Nova Jersey, EUA, comunicou na semana passada que liquidou cerca de US$ 200 mil em criptomoedas apreendidas há cerca de três anos durante uma ação contra o tráfico de drogas. Segundo a nota do Gabinete, os ativos estavam congelados desde a época do confisco, quando foram avaliados em US$ 57 mil. Com a liquidação, os cofres públicos obtiveram um ‘lucro’ de US$ 143 mil.

 

“Nossa equipe concluiu com êxito o processo de liquidação das criptomoedas confiscadas perfazendo US$ 198.237,31 que estão sendo enviados da Coinbase para a conta de confisco do Condado de Monmouth”, escreveu o órgão.

Segundo o promotor Christopher J. Gramiccioni, o MP de Monmouth passa a ser a primeira agência estadual de Nova Jersey a fazer apreensões de criptomoedas em dois casos separados originados em 2017 e 2018 e que concluiu sua liquidação para os cofres públicos.

Traficante mantinha criptomoedas

De acordo com o comunicado, a apreensão dos ativos e de outros produtos ocorreu em 2018 em dois locais diferentes usados pelo criminoso, o americano Giddel Gonzalez-Estrada, morador de Long Branch, cidade em Nova Jersey. As criptomoedas só foram congeladas depois que as investigações mostraram que elas eram fruto da atividade do tráfico, escreveu a promotoria.


 

Na ocasião, além das criptomoedas, foram apreendidos cerca de US$ 32 mil em dinheiro, aproximadamente 500 gramas de cocaína, maconha e uma arma de fogo. “Grandes quantidades de embalagens, materiais de pesagem e vários apetrechos usados ​​para a venda e distribuição de entorpecentes”, ressaltou o órgão.

Em 2019, Gonzalez se confessou culpado e foi condenado a 10 anos em uma prisão estadual de Nova Jersey. A sentença foi proferida pela juíza Lourdes Lucas, confiscando os bens apreendidos na investigação para o Gabinete do Promotor do Condado de Monmouth.

O promotor Gramiccioni disse que está orgulhoso dos trabalhos investigativos que estão sendo realizados para descobrir “esses métodos modernos usados ​​para ocultar ativos oriundos de atividades criminosas no mundo cibernético”. Ele acrescentou:

“Isso vai servir como um modelo eficaz para as agências estaduais de aplicação da lei no mercado de criptomoedas — um lugar onde podemos esperar que o produto dos crimes continue sendo escondido”.

Outro caso ocorreu em 2017

O caso de Gonzalez, contudo, não é o primeiro do Condado de Monmouth. Segundo a promotoria, a primeira apreensão de criptomoedas ocorreu em 2017 após a prisão de duas pessoas acusadas de fraude em instituições financeiras e roubo de identidade. Na época, os ativos foram avaliados em mais de US$ 200 mil.

“O valor dessa criptomoeda é agora estimado em mais de US$ 1,25 milhão”, disse o órgão, sem especificar o nome do cripto ativo. 

Ao contrário do caso de Gonzales, os acusados desse episódio ainda vão ser julgados. O processo envolve mais 16 suspeitos e está em andamento na Justiça de Monmouth.

Fonte: https://portaldobitcoin.uol.com.br

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