Os mercados de criptomoedas atingiram altas recordes na quarta-feira (10), com os investidores continuando a acumular em Bitcoin (BTC) e moedas alternativas em um cenário de alta da inflação nos Estados Unidos.

A capitalização de mercado das criptomoedas - um barômetro importante para a saúde da classe de ativos digitais - atingiu uma máxima de US$ 3,11 trilhões, de acordo com Coingecko. A classe de ativos cresceu 20% cumulativos nas últimas duas semanas.

O preço do Bitcoin subitamente disparou acima de US$ 69.000 durante a sessão da manhã, marcando um novo recorde histórico. O Ether (ETH) também atingiu novas máximas, chegando a cerca de US$ 4.870, de acordo com o Cointelegraph Markets Pro.

Um dos meus maiores erros é não ter comprado #Bitcoin suficiente
- Peter Thiel

- Arquivo Bitcoin (@BTC_Archive) 10 de novembro de 2021

O Bitcoin tem atraído ofertas graças, em parte, ao seu status percebido como um hedge contra a inflação e a desvalorização da moeda, com seus proponentes afirmando que o BTC é a melhor alternativa de “dinheiro forte” às moedas fiduciárias. O Bitcoin superou o ouro, o hedge de inflação mais amplamente considerado, por uma margem considerável no acumulado do ano, tendo ganho mais de 130% em comparação com o declínio de 4% do ouro.

6,2% de inflação. E é esse o número que eles estão lhe dizendo!

1,48% para a tesouraria de 10 anos

Isso é um rendimento real de -4,72%.

Acorde!!!! #Bitcoin https://t.co/xSYUeC6YAw

- Preston Pysh (@PrestonPysh) 10 de novembro de 2021

As preocupações com a inflação aumentaram na quarta-feira, depois que o Departamento do Trabalho relatou outro grande aumento nos preços ao consumidor. O índice de preços ao consumidor dos Estados Unidos, uma medida ampla da inflação, subiu 6,2% ao ano em outubro, o maior desde 1990. O chamado núcleo da inflação, que elimina bens voláteis como alimentos e energia, aumentou 4,6%, o maior índice anual aumentar desde 1991.

Com a inflação superando amplamente a meta do Federal Reserve de cerca de 2%, os apelos para encerrar os programas de estímulo do banco central ficaram mais altos nos últimos meses. Na semana passada, o Comitê Federal de Mercado Aberto disse que começaria a reduzir suas compras mensais de títulos a partir de meados de novembro, mas que deixaria as taxas de juros em mínimas recordes indefinidamente porque a inflação alta seria "transitória".

Basicamente, ele está dizendo que os preços elevados vieram para ficar, mas não se preocupe, eles não aumentarão muito a partir desses níveis no futuro. https://t.co/qcuurGhxC8

- Sam Bourgi (@forgeforth_) 29 de julho de 2021

 

Curiosamente, o presidente do Fed, Jerome Powell, aparentemente alterou sua definição de inflação "transitória" para significar que os preços elevados vieram para ficar e que os aumentos de preços futuros não serão tão dramáticos quanto os ganhos recentes.

Para ter certeza, a medida preferida do Fed para a inflação - o índice básico de despesas de consumo pessoal - está bem abaixo da figura do IPC. O Core PCE teve uma média de 3,6% ao ano nos últimos quatro meses de relatório encerrado em setembro.

SAM BOURGI