O comentarista de economia Samy Dana, que hoje trabalha na Jovem Pan e é um crítico de longa data do Bitcoin, assumiu pela primeira vez que estava errado em suas opiniões sobre a criptomoeda.
Como noticiou o Cointelegraph Brasil nos últimos anos, Dana nunca perdeu uma oportunidade de criticar o mercado de criptoativos, dizendo, entre outras coisas, que o Bitcoin "não é moeda", que é "usado para aplicar golpes", que é uma "bolha financeira", que o BTC "não vale nada", entre outras coisas.
No começo do ano, Dana fez uma aposta no Twitter contra o desempenho do Bitcoin. Diante da consolidação da criptomoeda e aumento de preços, voltou atrás alegando "prejuízo à imagem".
Mais recentemente, escreveu uma coluna dizendo que El Salvador vivia o "caos" depois da adoção do Bitcoin como moeda legal e os problemas iniciais na carteira cripto oficial do país, a Chivo.
Mas, como ensina a sabedoria milenar, "nada como o tempo". Dana não escolheu seus canais oficiais nem seu espaço na Jovem Pan para fazer o mea-culpa tardio sobre o Bitcoin, mas o podcast Ticaracaticast, dos humoristas ex-Pânico Carioca e Bola, do qual foi convidado nesta semana.
No mesmo dia em que o BTC bateu sua máxima histórica contra o dólar e o real, Dana respondeu a um ouvinte e assumiu que errou ao apostar contra a maior criptomoeda do mercado, apesar de reafirmar que "houve uma bolha" no mercado:
“Teve uma bolha, eu achava que não ia subir depois e subiu. Errei”
Ele, que foi comentarista da TV Globo no passado, justificou sua posição conservadora com criptoativos a uma suposta "responsabilidade" com o público de veículos de massa:
“Quando você está em um veículo de massa, você não vai dar informação para ir para algo arriscado, porque você tem pessoas que não entendem direito o risco. Então você não vai falar: bota em criptomoeda”
Em março de 2021, Dana fez uma análise sobre os prós e contras dos investimentos em mercados de criptomoedas. Na época, a adoção institucional ganhava players de peso como MicroStrategy, Tesla e Square. Depois, chegou a indicar investimentos em um fundo de Bitcoin.
LUCAS CARAM