Em um vídeo publicado na página pessoal no Youtube, o analista e economista Fernando Ulrich explicou sobre a diferença de comportamento do Bitcoin e do ouro diante das notícias do mercado.
Fernando Ulrich analisou a atual situação do ouro:
“Quando a gente olha a performance do ouro nos últimos meses, depois de bater a máxima de quase US$ 2.100,00, vem caindo e andando de lado, entre US$ 1.700 e US$ 1.800 e não consegue sair desta zona de congestão.”
O motivo, segundo o economista, é bem claro:
“O ouro sendo um ativo que não rende nada, qual é o meu custo para carregá-lo [mantê-lo]?”...“Quando as taxas sobem, é neste momento que o ouro acaba performando muito mal. E o contrário também é verdade, quando as taxas reais caem, a cotação do ouro sobe.”
Ele explica que diante das incertezas do mercado, “muitos investidores que tradicionalmente enxergam o ouro como um ativo de proteção, começam a migrar, nem que seja marginalmente, para o Bitcoin.”
“O Bitcoin é o ouro digital, é o ativo final. Olhando as características do ouro, seus atributos que fazem com que o mundo valorize o ouro há milênios, o Bitcoin tem muitas dessas mesmas propriedades, sem incorporar muitas das fraquezas do ouro, muitas vulnerabilidades, que são a materialidade, custo de estocagem, custo de transporte, o risco de ter que usar uma contraparte para custodiar e armazenar o ouro, por ser um ativo físico.”
Ele reconhece a importância do ouro:
“Claro que o ouro tem a seu favor milênios de história e de confiança dos indivíduos, mas do ponto de vista tecnológico, o Bitcoin é superior e é por isso que pra mim, ele é o ouro digital e muitos investidores estão enxergando esse potencial.”
A alta do Bitcoin, que nesta semana chegou a ultrapassar os US$ 55 mil, está chamando a atenção do mercado:
“O Bitcoin está tendo uma boa performance e isso acaba surpreendendo aqueles que são mais céticos e pessimistas com o BTC, por ainda não entenderam a tecnologia."
É no quesito tecnologia que o Bitcoin deixa sua marca:
“Pra mim, esse é o grande atributo dele, o Bitcoin é uma rede resiliente, imutável e está provando mais uma vez no tempo exatamente esses pontos.”
Sobre a resiliência da rede do BTC, ele explicou:
“Isso pra mim é a ordem sem autoridade central, a ‘anarquia’ funciona e isso não é caos, é ordem sem autoridade central. É exatamente isso que a rede simboliza. Por isso, pra mim é tão fascinante falar do Bitcoin, porque a gente vê essa grande invenção funcionando na prática. Ela funciona assim… desde 2009, quando começou, quando o primeiro bloco foi minerado pelo Satoshi Nakamoto, no dia 13 de janeiro de 2009. Ou seja, a rede opera há quase 23 anos com um nível de confiabilidade que é um absurdo.”
O analista deu como exemplo o “apagão” sofrido por redes sociais do facebook:
“O que a gente acabou de ver nesta semana com a interrupção do facebook, isso não acontece com o Bitcoin. E numa rede totalmente descentralizada. Se isso não é uma verdadeira façanha da humanidade, eu não sei o que seria. É por isso que eu defendo tanto [o Bitcoin] numa alocação de investimento, em um portfólio diversificado.”
E completa falando sobre notícias que muitas vezes tentam derrubar a cotação do Bitcoin:
“Isso que impressiona: apesar de todos os ventos soprando de forma negativa (proibição na China, regulação nos EUA, enfim, mídia negativa com relação ao Bitcoin não falta) a rede segue trilhando o seu caminho e ficando cada vez mais segura e se provando no tempo. Esse é o grande trunfo que o ouro tem, quando se compara com o BTC, que é o tempo, é a confiança de milênios, que o Bitcoin ainda não tem, mas está trilhando.”