A Bolsa de Valores do Brasil, B3, sofreu um "apagão" nesta quarta-feira que afetou a negociação de uma série de papéis, justamente na semana em que o fundo de criptomoedas negociado em bolsa, conhecido no mercado como ETF, foi lançado para negociação.
Segundo o portal Seu Dinheiro, a cotação de parte dos ativos teve problemas técnicos na manhã de quarta-feira, por volta das 10:35, o que afetou a negociação.
A B3 informou que teve problemas na área de Tecnologia da Informação, o que interrompeu a abertura da negociação de parte das ações por cerca de meia hora.
A bolsa de valores brasileira classificou o caso como um "incidente pontual", e completou dizendo que a negociação foi retomada normalmente às 10:50:
“A B3 teve um incidente pontual na manhã de hoje que afetou a negociação de alguns instrumentos financeiros. As negociações ficaram indisponíveis por cerca de 25 minutos e os leilões dos instrumentos afetados foram retomados às 10h35 com término às 10h50. O sistema já foi restabelecido e as negociações seguem normalmente.”
Uma das fontes da matéria apontou cerca de 30 ativos afetados pelo "apagão", entre eles Natura, Movida, Marfrig, Porto Seguro, Aeris, CVC e CSN Mineração.
O caso, ainda segundo fontes do mercado, gerou "desconforto" nos investidores e teriam afetado as negociações, trazendo incerteza com relação aos preços e operações na bolsa.
O ETF de criptomoedas, que é um produto da gestora Hashdex, estreou na segunda-feira, fazendo história como primeiro produto do tipo a ser negociado na bolsa de valores brasileira. Nem a B3 nem a Hashdex informaram se as negociações do ETF foram afetadas.
O produto de investimentos, que tem o ticker HASH11, teve alta de 12% no primeiro dia de negociação e figurou como terceiro papel mais negociado, acumulando patrimônio líquido de mais de US$ 800 milhões, com cotas atualmente de R$ 50,79.
A adesão da negociação de criptomoedas pelo mercado financeiro, que já acontece no Brasil desde 2019 e ganhou tração em 2021, tem impactado no mercado de criptomoedas. As negociações de Bitcoin em abril cresceram 716% e chegaram a R$ 27 bilhões, como noticiou o Cointelegraph Brasil.