A Tesla divulgou os esperados resultados do segundo trimestre (Q2) na noite da segunda-feira (26). No total, a empresa revelou possuir cerca de US$ 1,3 bilhão em Bitcoin (BTC). Ao mesmo tempo, a companhia registrou lucro de US$ 78 milhões (R$ 405 milhões) com a criptomoeda.
As participações de BTC da empresa foram incluídas nos resultados como ativos digitais (digital assets). O valor em BTC é mais de quatro vezes superior ao valor dos bens intangíveis da empresa.
Ao contrário do que era esperado, a empresa não realizou novas aquisições de Bitcoin (BTC). Porém, também não realizou vendas. O relatório traz como únicas operações de ativos digitais a aquisição e a venda já citadas.
Dessa forma, Elon Musk cumpriu a promessa de que, após a venda de abril, a companhia não iria se desfazer de seus BTC.
Em abril, a companhia vendeu 10% de seus BTCs no mercado. De acordo com o relatório de resultados do primeiro trimestre, a venda gerou US$ 272 milhões em lucros. Na ocasião, a empresa afirmou que a venda tinha como objetivo testar a liquidez no mercado.
No entanto, a empresa também não voltou a aceitar BTC como pagamento pelos seus carros, o que causou uma nova frustração no mercado. Isso porque, durante a The B Word, Musk admitiu que o perfil ambiental da criptomoeda está melhorando e, com isso, a Tesla poderia voltar a aceitá-la.
Juntamente com os lucros com BTC, a Tesla também reportou uma receita total de US$ 11,5 bilhões. O valor é 51% superior aos US$ 5,6 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
Destes US$ 11,5 bilhões, a receita com a venda de carros contribuiu com US$ 9,3 bilhões, crescimento de 52% em relação ao Q2 de 2020. Os lucros por ação (EPS) atingiram US$1,45, alta de 230% na comparação com o mesmo trimestre de 2020.
Por fim, a empresa registrou um lucro líquido de US$ 1,14 bilhão, crescimento de impressionantes 1.096% em relação ao ano passado. Foi a primeira vez na história que o lucro trimestral da Tesla ultrapassou US$ 1 bilhão.
Luciano Rocha
