As criptomoedas pagas aos usuários teriam origem de outras estratégias que o app usa para persuadir o cliente a continuar injetando dinheiro no serviço, como a oferta de planos especiais, marketing multinível e anúncios.
O CryptoTab oferece diversos tipos de upgrades de conta que prometem aumentar em até 1000x a velocidade da suposta mineração.
Além da receita que entra toda vez que uma pessoa baixa o navegador, o CryptoTab também possui um programa de afiliados que incentiva o usuário a convidar seus amigos para a plataforma como uma forma de aumentar seus ganhos.
Em resposta à reportagem sobre a legitimidade do serviço oferecido pelo navegador CryptoTab, a equipe do Google se limitou a dizer que todos os aplicativos da Play Store “estão sujeitos às políticas do programa de desenvolvedores” e que se uma violação for comprovada, “o aplicativo pode ser removido e o desenvolvedor banido da loja”.
A empresa afirmou ainda que “tem o compromisso de fornecer uma plataforma segura e protegida para bilhões de usuários do Android”.
No entanto, uma investigação publicada na quarta-feira (7) pela empresa de segurança cibernética Lookout, mostrou que haviam cerca de 25 aplicativos fraudulentos de mineração de bitcoin disponíveis para download na Play Store.
O relatório identificou que os golpistas que ofereciam esse tipo de app, roubaram US$ 350 mil dos usuários — US$ 300 mil com a venda de um serviço enganoso e US$ 50 mil com planos falsos que prometiam mais velocidade de mineração. Ao todo, a empresa identificou 172 aplicativos pagos do Android que fizeram 93 mil vítimas ao redor do mundo.
“Esses aplicativos passaram despercebidos porque, na verdade, não fazem nada realmente malicioso. Eles são simplesmente conchas para coletar dinheiro por serviços que não existem”, disse o pesquisador de segurança da Lookout, Ioannis Gasparis.
Saori Honorato