O popular TikTok proibiu seus usuários de promover serviços financeiros como criptomoedas. De acordo com o portal Daily Mail, a medida visa combater uma onda crescente de promoção de investimentos de alto risco e de fraudes financeiras.
Além das criptomoedas, outros serviços e produtos financeiros, como empréstimos, cartões de crédito e negociação forex, também foram proibidos pela política de conteúdo da plataforma.
É possível que a restrição tenha algum impacto sobre as criptomoedas. Afinal, conforme relatou o CriptoFácil, em setembro do ano passado, a moeda digital meme Dogecoin registrou uma valorização de 55% após popularizar no TikTok.
Ademais, pesquisas recentes já revelaram que a rede social é uma das principais fontes de informações sobre finanças para jovens.
Criptomoedas barradas no TikTok
A nova medida anunciada pelo TikTok não é a primeira restrição imposta pela rede social para conter fraudes e golpes.
Em dezembro do ano passado, a plataforma também atualizou suas diretrizes para incluir novas proibições. Na época, o TikTok baniu a divulgação de conteúdos sobre pirâmides financeiras e marketing multinível. Agora, a plataforma incluiu em sua lista de restrições a promoção de criptomoedas.
Conforme noticiado pelo Daily Mail nesta sexta-feira (9), a medida também atingirá empresas financeiras de renome.
Isso porque diversos bancos e fintechs promoviam seus serviços na rede social através de parcerias com influenciadores. No entanto, a nova política cancelará essas colaborações.
“O único incentivo para influenciadores não qualificados falarem sobre produtos financeiros é ganhar dinheiro. Com isso removido, ainda deixa o caminho aberto para aqueles que querem ajudar e informar, mas são agnósticos sobre quais produtos as pessoas acabam escolhendo”, disse Holly Mackay, fundadora e executiva-chefe da Boring Money.
FCA preocupada com TikTok
A política de publicidade do TikTok, que permite que empresas de serviços financeiros paguem para anunciar para maiores de 18 anos, permanece a mesma. Ou seja, os anúncios que promovem criptomoedas seguem sendo proibidos.
Em março, a Autoridade de Conduta Financeira (FCA) expressou preocupação com jovens que procuram investimentos online. A FCA afirmou que a rede social foi parcialmente responsável por jovens investidores assumirem riscos excessivos ao investir.
“Estamos preocupados que alguns investidores estejam sendo tentados — muitas vezes por meio de anúncios online ou táticas de venda de alta pressão — a comprar produtos de alto risco que dificilmente serão adequados para eles”, disse o regulador.
Lorena Amaro