O governo dos Estados Unidos realizou na semana passada um leilão de bitcoins apreendidos em 2019 que, na época, valiam US$ 2,8 milhões. Graças a valorização da criptomoeda ao longo dos anos, a espécie de trade estatal garantiu aos cofres públicos uma lucro extra de US$ 16,3 milhões.
De acordo com o The Blade, os bitcoins foram arrematados por US$ 19,2 milhões na quinta-feira (1º) por um comprador cujo nome não foi divulgado. A venda das moedas por um preço seis vezes maior, representou o maior confisco líquido da história do Distrito Norte de Ohio do Departamento de Justiça dos EUA (DOJ), responsável pela operação.
As criptomoedas foram apreendidas durante a investigação de um esquema de venda de documentos falsificados, orquestrado por um um homem chamado Mark Alex Simon. Ele e mais três cúmplices falsificavam uma série de documentos como carteira de motorista e identidade, e os vendiam na internet por bitcoin.
Simon confessou o delito e concordou em entregar os criptoativos às autoridades. Agora ele enfrenta uma pena de 24 meses de prisão pelos crimes de venda de documentos falsificados e lavagem de dinheiro.
O distrito de Ohio não divulgou qual foi a quantidade de moedas vendidas no leilão. No entanto, a estimativa é que tenha sido em torno de 500 BTC uma vez que essa era a quantia que os promotores tentavam confiscar no início das investigações em 2018.
O leilão de criptomoedas apreendidas pelo governo já se tornou comum nos Estados Unidos e acontece há anos. Um dos primeiros e mais marcantes leilões foi a compra de 30.000 bitcoins confiscados do Silk Road pelo empresário Tim Draper em 2014. Naquela época, o bitcoin valia cerca de US$ 650. Na cotação de hoje, a quantia total arrematada por Draper equivale a US$ 1 bilhão.
Além de atrair os investidores, o governo também sai no lucro com essa atividade. Em uma venda de bitcoins apreendidos nos EUA em março, o vencedor do leilão arrematou as criptomoedas por um preço 21% mais alto do que a cotação real naquele momento.
A Coreia do Sul também já lucrou com o trade de criptoativos. Em abril deste ano, o governo leiloou 191 bitcoins apreendidos em 2017. As moedas que naquela época valiam US$ 230 mil, foram vendidas por um preço 45 vezes mais alto, garantindo US$ 11 milhões aos cofres do governo sul-coreano.