Um brasileiro acusado de aplicar golpes financeiros com day trade foi preso em Portugal. Os prejuízos causados por Jorge Moreira Egito são estimados em ao menos R$ 15 milhões.
As vítimas do suspeito eram, em sua maioria, da cidade de Mariana — região central de Minas Gerais. Mais de 20 pessoas registraram queixa contra o empresário, suspeito de praticar diversos crimes. As acusações incluem: lavagem de dinheiro, falsificação de documentos, estelionato e exercício ilegal da profissão.
Conforme noticiou o portal Estados de Minas nesta terça-feira (6), o investidor foi preso pela Polícia de Segurança Pública (PSP), na cidade do Porto, em Portugal, na última sexta-feira (2).
Jorge Egito estava foragido há cerca de três meses depois que a juíza da 1ª Vara da Comarca de Mariana, Cirlane Maria Guimarães, decretou sua prisão preventiva em abril.
As investigações contra o suposto day trader tiveram início em março deste ano. Na época, 15 pessoas denunciaram o dono da empresa Jorge Intermediações Ltda de aplicar golpes com operações de Day Trade. Então, um inquérito foi aberto contra ele na Delegacia de Polícia Civil de Mariana.
Às vítimas, o investidor prometia altos lucros com a atividade de compra e venda de ações na bolsa de valores. No entanto, na prática, ele recebia os aportes dos investidores e não repassava os lucros prometidos.
Depois que as primeiras denúncias foram feitas, mais pessoas procuraram a delegacia para registrar queixas contra ele. Agora, mais de 20 pessoas afirmam terem sido vítimas de Jorge Egito em um processo que tramita em segredo de justiça.
Quando as investigações começaram, o suspeito mudou-se para o exterior. No fim de abril, ele afirmou em entrevista que não estava fugindo da justiça, mas sim evitando eventuais atentados.
Por enquanto, o empresário está preso em Portugal. Entretanto, é possível que ele seja extraditado para o Brasil em breve.
Conforme informou o delegado Regional da Polícia Civil de Ouro Preto, Alfredo Resende, a extradição vai depender do entendimento entre as autoridades diplomáticas brasileiras e autoridades jurídicas de Portugal:
“Como ele é processado criminalmente no Brasil e não em Portugal, ainda não se sabe o destino das negociações e onde ficará preso aqui em Minas Gerais.”
De acordo com o advogado do empresário, Cristiano de Oliveira, já foi feito um pedido para que ele fique em cela isolada no Brasil. O objetivo, segundo o advogado, é garantir a integridade física do cliente.
Lorena Amaro