Investidores de criptomoedas acordaram para outra rodada de quedas de preços em 22 de junho, depois que o preço do Bitcoin (BTC) caiu para a mínima de 6 meses em US$ 28.805. A queda abaixo do nível crucial de US$ 30.000 pode parecer uma excelente oportunidade de compra, mas os dados mostram que os investidores institucionais estão continuando sua maior sequência de vendas desde fevereiro de 2018.
Dados do Cointelegraph Markets Pro e TradingView mostram que a queda de 21 de junho abaixo de US$ 32.000 e a recuperação acima de US$ 33.000 foi apenas um precursor do movimento desta terça-feira (22), que viu o BTC golpeado no início do dia de negociação, atingindo uma mínima de US$ 28.805 antes de voltar para US$ 32.000 no momento da escrita.
O Ether (ETH) também foi atingido, caindo 15% para US$ 1.700 depois que os touros não conseguiram segurar o nível de US$ 1.900. A menos que uma fonte significativa de impulso surja para ajudar o mercado a dar uma reviravolta, a tendência atual continua a ser negativa, conforme evidenciado pelos ursos que dominam as opções de R$ 12,5 bilhões do Bitcoin com vencimento em 25 de junho.
Embora a ação do preço em 21 de junho possa ter surpreendido muitos, vários indicadores sugeriram um momentum decrescente e a possibilidade de o preço cair ainda mais.
De acordo com dados da Glassnode, o número de endereços ativos no Bitcoin e na Ethereum diminuiu significativamente desde maio, com os endereços de BTC ativos caindo 24%, enquanto os endereços de Ethereum ativos caíram 30%.
A queda na atividade nas redes levou a um declínio ainda mais dramático no valor em dólares liquidados na rede, com o valor liquidado caindo 63% para R$ 91,5 bilhões por dia no Bitcoin e em 68% para R$ 25 bilhões por dia na Ethereum.
Os declínios na atividade e no valor transacionado nas redes podem ser interpretados como uma queda no entusiasmo em geral, já que os investidores que compraram nas altas de abril e maio devem agora decidir se querem vender com prejuízo para evitar o potencial de mais queda ou manter na esperança de que o mercado acabe se recuperando.
Outra fonte importante da retração do mercado que vem crescendo há semanas é a repressão da China às operações de mineração de criptomoedas no país. Isso levou a uma queda substancial na taxa de hash para níveis vistos pela última vez em setembro de 2020.
Embora o fechamento de um grande número de fazendas de mineração chinesas e o declínio resultante na taxa de hash sejam um desenvolvimento negativo no curto prazo, a Delphi Digital assumiu a posição de que “a médio e longo prazo, isso deve ser visto como saudável para a rede Bitcoin, uma vez que o risco de concentração de taxa de hash é significativamente reduzido.”
De acordo com a Delphi Digital, a concentração da taxa de hash em pools de mineração com base na China tem diminuído desde que a China começou a reprimir a mineração, permitindo que pools menores aumentassem “sua participação de 30,81% para 37,96% nos últimos 30 dias”.
Além da repressão à mineração, a China também reiterou que os bancos não deveriam apoiar negócios de balcão focados em criptomoedas, o que levou ao "pânico entre os mineradores e investidores chineses", levando a um declínio significativo no fornecimento de BTC mantidos em endereços de mineradores.
Como a China provavelmente não mudará seu curso de ação atual em relação às criptomoedas em breve, a incerteza do investidor e a instabilidade dos preços provavelmente continuarão no curto prazo.
JORDAN FINNESETH
