Pelo segundo dia consecutivo, o preço do Bitcoin (BTC) opera em queda no mercado, conforme mostram os dados do CoinMarketCap. A criptomoeda registra baixa de 6,25% nesta sexta-feira (18), cotada a US$ 36.469,56. No Brasil, um Bitcoin vale R$ 183.680,15.
As avaliações de preço mudam conforme o ritmo da correção se intensifica. Alguns traders seguem otimistas, enquanto outros buscam sinais de novas correções. Simultaneamente, os contratos futuros e seus dados também apresentam importantes direcionamentos.
O primeiro ponto foi abordado pelo trader Crypto Ed em uma análise recente. Em seu Twitter, o trader alerta para uma parede de ordens de compra na Binance, cujos valores estão na faixa dos US$ 36.500.
Com o BTC no preço atual, grande parte dessas ordens pode ser liquidada ainda nesta sexta, o que levaria a um grande impulso de alta, cujo alvo inicial é a região dos US$ 41.000. Ou seja, uma valorização de 11,05% frente ao preço atual. No segundo alvo, a criptomoeda pode chegar a uma alta de 22,4% e chegar aos US$ 47.000.
“Esperando um salto (não tenho certeza se será O salto) em torno de US$ 36.000. Tenho dificuldade em acreditar que iremos subir no fim de semana”, afirmou. Em outras palavras, os traders estão otimistas, mas estimam uma demora de dias – até semanas – para a recuperação no preço.
Para o experiente analista Michaël van de Poppe, a região de US$ 36.500 também é vista como suporte crucial e, em caso de manutenção, o BTC poderia testar novamente a resistência dos US$ 41.000.
Por sua vez, o analista brasileiro Marcel Pechman relatou um fenômeno incomum nos futuros de BTC. A situação diz respeito ao contrato de junho, que vence dia 25 e ainda está aberto.
O nome do fenômeno é backwardation e ocorre quando os contratos são negociados com ágio negativo, ou seja, abaixo de 100 — conforme o gráfico abaixo. Isso ocorreu na quinta-feira (17) e, de acordo com Pechman, ocorre quando os vendedores a descoberto usam alavancagem excessiva.
A princípio, a situação indica um sinal de baixa, o que coincide com o atual momento. Porém, existe outro indicador: taxa de financiamento dos contratos perpétuos. Quando posições vendidas (vendedores) estão sobre-alavancadas, a taxa de financiamento torna-se negativa.
No momento, esta taxa oscila entre o campo negativo e o positivo, o que não indica nenhum sinal de alavancagem excessiva nas posições vendidas.
“Se os traders estivessem efetivamente em baixa, tanto os contratos futuros de longo prazo quanto os contratos perpétuos estariam exibindo esta tendência”, destacou Pechman.
Luciano Rocha