Para o especialista em criptomoedas, André Franco, quem fica viciado no preço do Bitcoin e fica na paranoia acompanhando o preço a todo momento, roendo as unhas em cada queda acaba vendendo seu Bitcoin para uma pessoa mais esperta.

Ainda segundo Franco, o mercado de criptomoedas tem uma lógica própria e não adianta tentar aplicar a este mercado as regras e métricas do mercado tradicional, caso o investidor faça isso ele acabará sendo 'engolido' por alguém mais experiente no mercado de criptoativos.

"Se você continuar a olhar apenas o preço, acredito que será o almoço de um investidor experiente. Se você pegar todas as suas métricas do mercado tradicional e quiser aplicá-las às criptomoedas, vai deixar o melhor passar", disse.

De acordo com Franco o grande desafio do Bitcoin é que ele é um ativo único na história e totalmente disruptivo quebrando paradigmas, portanto, não quem tenta entender o BTC sob o prisma da economia tradicional está fadado ao fracasso.
 

"Neste exato momento da história, as grandes instituições estão tentando entender o que é o bitcoin e como calcular o seu valor justo. Tarefa inglória essa de precificar algo sem paralelo na indústria financeira. O bitcoin é o ouro digital, mas ele não serve para fazer jóias ou como material condutor. É uma rede ponto a ponto, sem órgão centralizador, mas cujos dados transmitidos podem ser o próprio ativo BTC. Também é uma rede que permite trocas de valores sem a necessidade de um órgão intermediador.", explica.

Lotar os bolsos de REAU e DOGE é esvaziar de dinheiro

Desta forma, segundo o analista, se os investidores comprarem um ativo somente pela oscilação de seu preço, sem entender seu valor, vão acabar comprando aquilo que mais subiu ou aquilo de que estão falando.

 

"Vai acabar enchendo os bolsos de REAU, DOGE e XRP e esvaziando-os de dinheiro", declarou.

Para o analista o Bitcoin é como o fogo que primeiro causou espanto e depois o ser humano entendeu como poderia se beneficiar dele e criar novas possibilidades.

"No primeiro contato com a chama, o homem primitivo a usou para se defender de animais. Depois descobriram que ela podia ser usada para aquecer os membros da tribo no frio. Então as utilidades aumentaram: cozinhar alimentos, forjar ferramentas, esterilizar feridas, etc. O fogo não mudou ao longo do tempo, foi a capacidade cognitiva do homem que aumentou para entender todas suas utilidades" afirmou.

Assim, segundo ele, no momento atual, estamos sendo apresentados a algo novo, que alguns comparam ao número 0 (zero) da matemática e em que outros encontram semelhanças com a reforma protestante.

Porém, nenhum destes especialistas que declaram o potencial do Bitcoin estão preocupados com o preço, pois o preço sobe e desce, mas o potencial sempre permanece gerando valor.

 

Franco conclui que só fica falando de preços e gráficos quem não está de olhos abertos para entender a revolução do Bitcoin.

"Sabe quem está falando apenas de preço e gráficos? Quem não quer fazer o dever de casa e parar para entender o que está diante de nós. Espero que você não seja um desses que vai entregar dinheiro para o mercado", finaliza.