Na mesma semana em que a senadora norte americana Elizabeth Warren disse que os criptoativos deveriam ser combatidos, um engravatado da Holanda demonstrou o mesmo anseio.
Trata-se do diretor do Escritório Central de Planejamento (CPB) da Holanda, Pieter Hasekamp.
O executivo acredita que o país precisa proibir todas as transações com criptomoedas o mais rápido possível.
Hasekamp disse que “acredita que o colapso das criptomoedas é inevitável”.
Assim, o diretor aclamou ao governo do país para que criptoativos como “o Bitcoin e outros ativos criptográficos” sejam banidos imediatamente.
A princípio a fala de Hasekamp que foi publicada num jornal de finanças holandês girou em torno da proteção ao investidor, ao armazenamento dos criptoativos, e do processo de mineração, que é poluente.
O executivo disse que “a proibição da criptomoeda definitivamente levará a uma queda no valor do Bitcoin junto com outras criptomoedas e assim poderia anunciar o fim dos mercados de criptomoeda”.
Mas o real motivo apresentado pelo diretor foi a centralização estatal, conforme prosseguiu em sua entrevista.
Hasekamp quer que as criptomoedas sejam extintas porque as instituições financeiras dos países não as controlam.
Também porque as autoridades financeiras estatais não as emitem.
De acordo com o diretor do CPB, “esses produtos não têm valor intrínseco por si só, e só atraem a atenção porque outras pessoas os estão comprando”.
Mas o problema para mentalidades como esta é que o Bitcoin continua seu fluxo de crescimento, e indo de encontro exatamente a combater todos estes conceitos centralizadores e opressores governamentais.
À medida que países constroem regulamentações de criptoativos, que as empresas e instituições financeiras privadas investem principalmente em Bitcoin, e que as pessoas estão passando a investir e principalmente entender as funcionalidades do Bitcoin, mais políticos e pessoas ligadas ao monopólio estatal tentarão combater a descentralização da economia mundial.
A verdade é que a própria regulamentação estatal dos criptoativos é um sinal claro do Governo de que estes ativos devem ser inseridos na sociedade, mesmo que esteja sendo “goela abaixo” do Governo.
De fato, os fundamentalistas do Bitcoin não anseiam que este seja um dinheiro para investimentos ou reserva de valor, apenas.
Mas sim, primordialmente, uma forma de dinheiro digital usado sem a participação de terceiros, descentralizado, econômico, prático, de baixíssima e programada inflação, auditável, rastreável e inclusiva aos desbancarizados.
Jorge Siufi