A empresa brasileira de calçados infantis, Pampili, anunciou que realizará o primeiro leilão de um tênis da marca, convertido em NFT.
Segundo a empresa, o valor do leilão será destinado a instituições de caridade voltadas para educação de meninas. O produto da empresa que se tornará um NFT é o tênis "Pump Jump" e quem arrematar vai receber uma versão física do produto em casa.
A empresa destaca que a iniciativa surgiu por ideia de Ariel Alexandre, chefe de tecnologia e fundador do E-Commerce Experience, parceiro da Pampili, que trabalha com internet desde os anos 90.
Alexandre acredita que um leilão em NFT pode ampliar o universo de doadores para as causas apoiadas pela Pampili como a ONG Movimento Saber lidar, que cuida da saúde mental de crianças e adolescentes.
"Em uma reunião nossa, definimos que uma solução boa para conseguir arrecadar dinheiro, seria olhar também para fora do Brasil. E aí, como fazer isso? Como sou apaixonado por NFT, trouxe essa opção e mostrei, fiz alguns exemplos e a equipe topou", explica Alexandre.
Na proposta da Pampili o vencedor do leilão será incentivado a fazer uma nova venda — cada vez que isso acontecer, a empresa receberá 20% do valor, que também será destinado a doações.
Para isso, o primeiro leilão, que será realizado em maio, já conta com mais de 30 investidores interessados em dar um lance no Pump Jump e espera conseguir lances na casa dos milhões de reais - a empresa não revelou a cifra que espera atingir com a ação.
De acordo com Diego Colli, presidente da Pampili, entrar de cabeça na nova moda digital é uma das coisas que pode diferenciar a empresa no mercado de calçados infantis.
"Um grande propósito nosso é transformar o mundo em um lugar melhor para ser menina. Pensando em como a gente poderia potencializar isso por meio do digital surgiu o projeto. Estamos pensando em como gerar experiência e negócios também: transformar o grupo em uma empresa digital sem deixar de ser uma empresa tradicional", afirma Colli.
Além disso, segundo divulgou a empresa, ela pretende fazer com que o leilão seja mensal no futuro, sempre convertendo os recursos recebidos em doações. Mas a ação beneficente não é a única forma com que o empresário vê o uso possível no NFT no mercado de calçados.
"Quando a gente começa a trazer vantagens para esse mundo de criptomoedas e quando a gente auxilia os clientes, a gente consegue educar as pessoas pela vontade de utilizar esse ativo. De repente, o cliente pode comprar o NFT hoje e, no ano que vem, ter acesso a outro calçado como garantia, ou ele pode guardar esse NFT e, no futuro, até revender pra própria empresa como um item de colecionador", afirma Alexandre.