Criptomoeda é negociada a R$ 167 mil nas principais exchanges
O Bitcoin (BTC) caiu 10% nas últimas 24 horas e é negociado a US$ 32.860 na manhã desta terça-feira (8), segundo dados do CoinMarketCap.
Em reais, o preço médio da criptomoeda despencou para R$ 167 mil, o menor desde 27 de janeiro, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IBP) e o Trading View.
A criptomoeda ‘sofre’ mais em real do que em dólar por causa do câmbio. Nos últimos 30 dias, a moeda norte-americana caiu de R$ 5,58 para R$ 5,04, conforme o Banco Central.
Cabe ressaltar que o BTC não é ‘cotado’ em dólar, mas a valorização ou a desvalorização da moeda dos Estados Unidos frente à brasileira tem influência no valor do ativo digital.
Por que está caindo tanto?
A queda pode estar ligada a um FUD (sigla em inglês para medo, incenteza e dúvida) gerado no mercado na segunda-feira (7). Em resumo, o FBI recuperou US$ 2,3 milhões em bitcoin pagos aos hackers que atacaram o oleoduto da Colonial Pipeline no mês passado.
“Isso foi uma clara demonstração que as criptomoedas não estão fora do controle do governo. Alguém grande se assustou e está vendendo”, disse no Twitter o diretor da EQI Investimento, Pablo Spyer.
Possíveis mudanças na política monetária dos Estados Unidos – que serão anunciadas na semana que vem – e o contínuo ataque da China às criptomoedas também afetaram o mercado, falou Jehan Chu, sócio-gerente da firma de investimento de criptomoedas Kenetic Capital, ao portal CoinDesk.
“Embora os fundamentos de longo prazo permaneçam intactos, a política monetária e macroeconômica dos EUA está causando nervosismo de curto prazo. Ja a China continua a pressionar as criptomoedas com proibições contínuas de mineração, eliminando de sua plataforma de mídia social mais popular, o Weibo, as contas de influenciadores de criptomoedas”, falou.
Em entrevista exclusiva concedida ao Portal do Bitcoin nesta semana, o jornalista chinês Colin Wu, que cobre o mercado de criptomoedas no país asiático, confirmou que o governo censura conteúdos sobre criptomoedas no Weibo.