“Estou olhando para todo o negócio e como posso me envolver nele”, disse o bilionário empresário americano Carl Icahn ao revelar que pode entrar para o mercado de criptomoedas com uma aplicação de até US$ 1,5 bilhão. Icahn, que no passado comparou o BTC a uma bolha financeira, falou de seus planos na criptoeconomia durante uma entrevista ao Bloomberg na quarta-feira (26).
Embora Icahn ainda não tenha comprado nenhuma criptomoeda, o investidor, que é fundador e controlador da holding Icahn Enterprises, L.P, disse que tem estudado o Bitcoin e o Ethereum e o setor de criptomoedas como um todo para então determinar onde estão as oportunidades. Segundo ele, as moedas alternativas estão ganhando popularidade como uma manifestação natural diante da inflação na economia.
Sobre o lastro do bitcoin, Icahn disse que qualquer crítica em torno da criptomoeda sem nenhum valor subjacente é um “pouco equivocada”. Ele então inseriu no tema o dólar. “Bem, qual é o valor de um dólar? O único valor do dólar é porque você pode usá-lo para pagar impostos”, comentou.
Icahn também disse acreditar que as pessoas estão procurando moedas alternativas porque partes do mercado de ações estão sendo negociadas a “preços ridículos”. Ele se referiu não apenas àqueles que estão sendo promovidos como as chamadas ‘ações memes’, mas também a certas estratégias oferecidas por administradores de dinheiro.
“Eu não acho que os caras do Reddit e da Robinhood sejam necessariamente ruins, acho que eles servem a um propósito. O dinheiro está voltando para as empresas. Algumas dessas empresas podem ser OK, mas para várias delas, o risco-recompensa é absurdo”, disse Icahn, se referindo a casos como o da GameStop.
Além das criptomoedas, que ele acredita que “vieram para ficar de uma forma ou de outra”, o bilionário discutiu também outras oportunidades de investimento, como no setor de energia renovável. Icahn, que possui um patrimônio líquido de US$ 15,6 bilhões, segundo a Forbes, se junta a vários bilionários que reverteram sua opinião negativa sobre a criptomoeda, como Mark Cuban e Michael Saylor, comentou o Coindesk sobre o assunto.
Wagner Riggs