A retirada de criptomoedas das corretoras significa que os detentores estão fazendo a própria custódia dos seus ativos, prevendo que não os colocarão em venda muito em breve. Em momentos de alta do mercado, o estoque de criptomoedas nas plataformas de negociação tende a se manter baixo.
Quando o contrário acontece, ou seja, há um fluxo de bitcoin voltando para as exchanges, é um sinal de que os investidores querem devolver suas moedas ao mercado, temendo que os preços caiam ainda mais.
Isso aconteceu na semana passada e atingiu um pico no dia 17 de maio, quando 10.628 BTC entraram nas corretoras, o maior fluxo visto desde março de 2020.
O movimento foi uma resposta às notícias negativas que atingiram a principal criptomoeda do mercado, provocadas primeiro pelo Elon Musk e em seguida pelo governo da China, e que causaram pânico entre os investidores iniciantes que venderam suas criptomoedas com perdas significativas.
O mesmo sentimento também ganhou força no mercado brasileiro que na quarta-feira passada (19) quebrou recorde ao negociar R$ 826,8 milhões em bitcoin em um único dia.
Depois que o preço do bitcoin bateu a mínima de US$ 32 mil naquele dia, o ativo voltou a se recuperar, mas ainda acumula perdas semanais de 4,5%.
O preço do bitcoin está estável nesta quinta-feira (27), mas ainda luta para se manter acima da barreira dos US$ 40 mil. Nas corretoras brasileiras, a criptomoeda é negociada a R$ 211 mil, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Saori Honorato