O banco americano BNY Mellon se uniu a XP Investimentos para lançar um fundo, aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários, CVM, que oferece exposição ao Bitcoin.
Com o nome de "Trend Bitcoin Fundo de Investimento Multimercado", o produto será administrado pelo BNY e terá a XP como gestora.
No entanto o Trend Bitcoin, diferente de produtos similares como o fundo de Bitcoin da Hashdex ou da QR, não fará custódia de Bitcoin e criptomoedas. Sua exposição ao Bitcoin será feita por meio da compra de cotas de outros fundos em criptoativos ou ETF de criptomoedas, como o HASH11 e o QBTC11.
Além disso, o Fundo, embora contenha o nome Bitcoin, não vai oferecer exposição ao Bitcoin em 100% e tampouco 100% em criptomoedas.
"A política de investimento do FUNDO consiste em investir em mercados de risco variados com nível de exposição acima do patrimônio líquido, inclusive por meio da utilização de instrumentos negociados no mercado de derivativos e de liquidação futura, tanto para efeito de proteção da carteira (hedge), quanto para maximização dos ganhos do FUNDO, operações as quais estão sujeitas a variações bruscas e expressivas de preços.
O objetivo do FUNDO é aplicar seus recursos em ativos financeiros de renda fixa e renda variável de diferentes naturezas, riscos e características, sem o compromisso de concentração em nenhum ativo. O FUNDO adotará estratégias compradas com em ativos com o fator de risco principal a variação do preço do Bitcoin, diariamente, razão pela qual ficará exposto, na média, em um patrimônio líquido do FUNDO.", destacou o documento compartilhado com o Cointelegraph.
O fundo também terá uma taxa de administração de 0,5000% a.a. sobre o valor do patrimônio líquido e não haverá taxas de ingresso e saída e nem taxa de performance.
"A taxa máxima de custódia cobrada pelo serviço de custódia do FUNDO será de 0,030% a.a. sobre o valor do patrimônio líquido do FUNDO, sendo garantida uma remuneração mínima mensal de R$ 490,00, a qual será corrigida anualmente de acordo com a variação do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) da Fundação Getúlio Vargas", destaca o documento.
A popularização do Bitcoin e das criptomoedas e seu reconhecimento pelos grandes investidores do mundo certificou os criptoativos como produto de investimento e, no Brasil, eles 'invadiram' a B3, a Bolsa de Valores do país, e os principais bancos, como Itaú e Banco do Brasil.
No caso da B3 a bolsa disponibilizará, ainda este mês, dois ETFs com exposição a criptomoedas, um da QR, o QBTC11, que é 100% em Bitcoin e outro da Hashdex, o HASH11 que investe em uma cesta de criptomoedas composta por 6 ativos digitais, Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash e Chainlink — e é rebalanceado trimestralmente.
Além da B3, o HASH11 também será oferecido como investimento aos clientes do Banco do Brasil, Itaú e BTG Pactual, tornando-se o primeiro produto com exposição em criptomoedas a ser disponibilizado nos principais bancos do país.
Já no caso do Trend Bitcoin Fundo de Investimento Multimercado, com a aprovação da CVM o Brasil ganhará seu 19o fundo de investimento com exposição a criptomoedas.
