Dados da Receita Federal (RFB) compartilhados com o regulador atendendo a regras da IN 1888, revelaram que o Brasil atingiu um novo recorde de investidores de criptomoedas com cerca de 3.217.633 pessoas negociando ativos digitais, um crescimento de 66% em um ano.
Além disso, os dados da RFB apontam que mais de 89 mil empresas negociaram criptomoedas no Brasil no mês de junho, registrando também um novo recorde de pessoas jurídicas no mercado.
Segundo os dados, cerca de R$ 18,6 bilhões foram negociados em criptomoedas no mês de junho. Embora o valor seja expressivo ele ainda está quase 30% longe do recorde histórico de negociações, registrando em maio de 2021 quando os investidores nacionais negociaram mais de R$ 25 bilhões em criptoativos em apenas 1 mês.
Embora o Bitcoin seja a principal criptomoeda do mercado, os dados da Receita Federal apontam que o criptoativo mais negociado pelos brasileiros é a USDT, refletindo uma tendência global do uso das stablecoins.
No primeiro trimestre de 2023, a USDT dominou as transações de criptomoedas e stablecoins no Brasil, com um total de 37,1 bilhões de reais, o que representa 81% do valor total negociado em criptomoedas e stablecoins até o primeiro trimestre.
Somente no mês de junho os brasileiros negociaram quase R$ 15 bilhões em USDT, gerando “comemorações” entre os executivos do USDT, como Paolo Ardoino, CTO da Tether, que publicou uma postagem no X (antigo Twitter) sobre o assunto.
Recentemente, Ardoino destacou que as CBDCs, como o Drex do Banco Central (o real digital), poderiam coexistir com stablecoins como o Tether. No entanto, ele enfatiza que o futuro ainda é incerto e dependerá de como as coisas se desenvolverão.
“Enquanto os bancos brasileiros ainda desfrutam da confiança como portos seguros para o dinheiro, há um mercado crescente de residentes usando USDT para acesso rápido e fácil ao sistema financeiro”, disse destacando o crescimento do uso do USDT no Brasil.
Cassio Gusson