A Chainlink, um dos maiores projetos com foco no uso de oráculos para trazer dados do mundo físico para a blockchain, lançou uma nova funcionalidade. O objetivo desse lançamento é trazer dados mais confiáveis e seguros para seus parceiros.
Intitulada Protocolo de Interoperabilidade Cross-Chain (CCIP, na sigla em inglês), a nova rede permite a integração entre várias blockchains. Ou seja, os usuários da Chainlink podem utilizar a CCIP para acessar dados integrados de forma mais segura.
Por enquanto, o CCIP está disponível nas redes principais dos protocolos de destino apenas em um sistema de testes. Mas o seu lançamento fez o preço da LINK disparar 7% nesta terça-feira (18).
A princípio, a CCIP vai operar com integração em quatro redes: Ethereum, Polygon, Avalanche e Optimism. Todas já estão em uso pelas equipes da Synthetix e BGD Labs, que estão usando a Chainlink para contornar as limitações das tradicionais pontes. Isso mostra que a CCIP também deve trazer melhorias e inovações nesta área.
Nesta fase de testes, outras blockchains poderão utilizar a CCIP, mas a partir de 20 de julho. Enquanto isso, os desenvolvedores que desejam integrar seus aplicativos na Chainlink podem se inscrever para acesso antecipado.
De acordo com o cofundador e CEO interino da Chainlink, Sergey Nazarov, a expectativa é que a CCIP se torne o novo padrão ouro para interoperabilidade entre blockchains. Ou seja, uma substituta para as tradicionais pontes. Em um comunicado à imprensa comemorando o lançamento, Nazarov comparou o CCIP ao protocolo TCP/IP, que é a base da Internet atual.
“Os principais padrões, como o TCP/IP, refizeram uma fragmentada Internet antiga em uma única Internet global que todos conhecemos e usamos hoje. Da mesma maneira, estamos criando a CCIP para conectar o fragmentado cenário público de blockchain e o crescente ecossistema de cadeias bancárias em uma única Internet de Contratos”, disse Nazarov.
A fim de facilitar o desenvolvimento do protocolo, a Chainlink oferece aos desenvolvedores a opção de criar suas próprias soluções em cima da CCIP. Para isso, os usuários podem usar mensagens arbitrárias e transferências simplificadas de tokens utilizando a rede.
Os desenvolvedores que usam a CCIP também se beneficiarão da Active Risk Management Network (ARM), uma rede leve e independente criada especificamente para adicionar uma camada extra de segurança.
“ARM é uma rede separada e independente que monitora e valida continuamente o comportamento da CCIP primária, fornecendo uma camada adicional de segurança ao verificar independentemente as operações entre blockchains. A rede ARM utiliza uma implementação Rust separada e mínima do software do nó Chainlink”, disse o anúncio.
O lançamento surpresa provocou um aumento no valor de mercado da LINK, que subiu 7% nas últimas 24 horas, de acordo com a CoinGecko.
Luciano Rocha