O Itaú Unibanco (ITUB4) está programando o lançamento de seu serviço de custódia de criptomoedas para o começo de 2024, de olho nos fundos de investimentos que poderão ter criptoativos no caixa após publicação da Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Pela Resolução, fundos que investem em criptoativos, que hoje precisam de um custodiante regulado no exterior, poderão guardar os ativos digitais em instituições brasileiras.
“Quando a gente começou a estudar blockchain, ficou muito claro que em algum momento a tecnologia vai ser usada como infraestrutura de mercado”, afirmou Eric Altafim, diretor de Produtos e Mesas do banco, ao Broadcast/Estadão.
O Itaú irá oferecer custódia por meio do Itaú Digital Assets, unidade aberta em junho do ano passado com foco em ativos digitais. Como já anunciado anteriormente, o serviço começará em modo de testes com os criptoativos do próprio banco, e depois irá expandir para clientes institucionais no modelo “as a service“.
Em entrevista recente, o CEO da Hashdex, Marcelo Sampaio, afirmou que a gestora estaria aberta para trazer os recursos de seus fundos para o país, mas que ainda aguardava a oferta do serviço por parte de uma instituição de renome.
Atualmente, o ETF BITI11, lançado pelo Itaú em parceria com a Galaxy Digital em novembro, faz a custódia dos ativos na Gemini, uma das empresas norte-americanas que passam por forte pressão de reguladores no país pela suposta oferta de produtos considerados valores mobiliários — nesse caso, no vertical de corretagem de cripto.
Além da custódia e de seu próprio ETF, o Itaú é uma das investidores, via Kinea Ventures, da Liqi, especializada na tokenização de ativos financeiros tradicionais. O banco também selou parceria com a Vórtx QR Tokenizadora para coordenar o lançamento de debêntures tokenizadas no âmbito do sandbox regulatório (ambiente de testes) da CVM.