O mercado de criptomoedas ainda é considerado um assunto novo para muitos investidores, mas vem cada vez mais ganhando força, principalmente com a geração Z. Um ponto interessante é que uma parte dela já está começando diretamente pelas criptomoedas ao invés da Bolsa de Valores. Os jovens investidores procuram mais liberdade, facilidade e entretenimento, assim migraram para os ativos digitais para obter esses benefícios. Um estudo da Visa mostra que 25% da geração Z já possui investimentos em criptoativos.
O que pode ter potencializado este movimento foi a febre dos jogos em blockchain e NFTs que aconteceu em 2021. Eles embarcaram nessa onda de investimentos, receberam tokens de recompensa, aprenderam o funcionamento da blockchain na prática e ainda ganharam capital para reinvestir em outros projetos.
Ignorando as opções do mercado tradicional de investimentos com uma estratégia bem definida de alocação de ativos de risco ou opções seguras de custódia, muitos acabaram perdendo rapidamente o ganho de capital que tiveram durante a alta do mercado, desperdiçando a oportunidade de construir um patrimônio longo prazo. Pensando nessas situações, listei os prós e contras desse movimento:
1. Maior compreensão da tecnologia blockchain: a geração Z nasceu com a tecnologia à sua volta e, portanto, tem mais facilidade para compreender as complexidades das criptomoedas e da blockchain que as gerações anteriores. Eles utilizam a tecnologia na prática e entendem o valor que existe nela. Abrindo um caminho importante para a adoção em massa e aplicação desse conhecimento no dia a dia;
2. Confiança nas criptomoedas: a geração Z é mais propensa a adotar criptomoedas como meio de pagamento, já que elas utilizam isso em sua rotina nos games em blockchain;
3. Maior interesse em inovação: devido ao seu conhecimento da tecnologia e à sua vontade de ter novas experiências, a geração Z está mais aberta a abraçar tendências em diversos setores como a aplicação do metaverso na moda, shows, games, entretenimento etc;
4. Descobrir novas aplicações: o mercado da Web3 não é somente sobre investimentos de risco, existem muitas opções de melhorias de processos, segurança de dados, eficiência logística entre diversas outras coisas. Com a nova geração se tornando nativa deste mundo, vai facilitar a criação de novos casos de uso cada vez mais relevantes e eficientes.
1. Alta volatilidade: os preços das criptomoedas têm uma variação muito alta, o que significa que seu valor pode subir e descer drasticamente em um curto espaço de tempo. Isso pode resultar em grandes perdas para o investidor, principalmente quando ele possui uma exposição muito alta ao mercado;
2. Risco de segurança: devido ao aumento da adoção de cripto, os hackers também tentam se aproveitar deste mercado;
3. Gestão financeira: ignorar o mercado tradicional pode ser uma tese de investimentos perigosa pela falta de diversificação. Mesmo acreditando que blockchain será o futuro do mercado financeiro e os investimentos tradicionais vão migrar de forma tokenizada para a web3, precisamos manter uma porcentagem do nosso portifólio em ativos que tragam segurança para sua carteira.
Então, com tudo isso colocado na mesa, acredito que estamos no caminho certo com a geração Z, pois eles estão adotando cedo o futuro do mercado, mas vale reforçar a importância de entender de investimentos como um todo para criar uma estratégia que também olhe para o longo prazo, para que o capital ganho com a volatilidade do mercado de criptoativos, não vá embora no primeiro mercado de baixa.