O FIP contará com duas classes de investimentos, uma para aplicações entre R$ 150 mil e R$ 1 milhão e outra para aportes acima de R$ 1 milhão, no caso deste último, haverá um fundo de investimento em cotas de fundo multimercado com aplicação mínima de R$ 50 mil.
A taxa de administração será de 2% mais 20% sobre o que exceder o benchmark (índice de referência do fundo), que será o índice oficial de inflação (IPCA) mais 6% ao ano.
O dinheiro levantado pelo fundo será usado para incentivar startups dos setores de internet das coisas (OIT), telecomunicações, educação, saúde, fintechs e indústrias impulsionadas pela transformação digital acelerada pela pandemia de covid-19.
"Somos agnósticos, nosso foco são ferramentas digitais que usem blockchain, inteligência artificial, big data entre outras", destacou ao Valor, Ricardo Carvalho, diretor do G3 Ventures
Ainda segundo a reportagem o fundo será disponibilizado para negociação em três plataformas ainda não reveladas.
O uso da tecnologia blockchain pode trazer eficiência a muitos aspectos do ciclo de vida dos produtos financeiros, desde a listagem e emissão até a liquidação de negociações.
A Singapore Exchange, SGX, anunciou recentemente uma joint venture com a empresa de investimento Temasek para usar DLT para agilizar a emissão e negociação de produtos financeiros listados em sua plataforma.
Inicialmente serão considerados títulos, fundos e produtos financeiros sustentáveis, e pode ser estendido no futuro para cobrir outras classes de ativos, como ações.
A SGX já colaborou anteriormente com a Temasek e o gigante bancário HSBC em um teste usando a tecnologia blockchain para emitir títulos de renda fixa. Os primeiros resultados desse teste vieram em setembro de 2020, com uma emissão de títulos de US$300 milhões para a empresa local de alimentos e agronegócio Olam International.
CASSIO GUSSON