Um ‘hodler’ de criptomoedas ‘das antigas’ movimentou 412 Bitcoins (BTCs) que estavam armazenados há mais de 10 anos.
De acordo com informações da PeckShieldAlert, um endereço adormecido desde setembro de 2012 movimentou Bitcoins pela primeira vez.
O valor em dólar transferido, tendo como base o preço de abertura de hoje (08) do Bitcoin, é de cerca de US$ 9,6 milhões.
Em setembro de 2012 um investidor comprou 412,23 Bitcoins e guardou em uma carteira, em um único endereço.
Desde então estes Bitcoins ficaram lá, armazenados.
Passados aproximadamente 10 anos e 4 meses o proprietários destes Bitcoins movimentou 412,12 Bitcoins e deixou 0,11 na carteira.
Estima-se que à época a criptomoeda custava cerca de US$ 12 dólares.
Na cotação atual a porcentagem de lucro caso o investidor tenha vendido estes Bitcoins é de aproximados 191.000%.
A comunidade suspeita que ou este investidor é um entusiasta pragmático do Bitcoin, ou que apenas agora a pessoa conseguiu destravar sua carteira.
Ademais, pode ser que o investidor ou a carteira sofreu um ataque hacker.
É importante lembrar que hackers buscam por endereços inativos por longo período de tempo supondo que estas criptomoedas estejam em carteiras perdidas.
Carteiras antigas que foram perdidas e que não passaram por atualizações de segurança supostamente são mais fáceis de serem hackeadas.
Independentemente de qualquer coisa, estes Bitcoins voltaram para o montante de criptomoedas consideradas ‘válidas’ ou não perdidas.
Há uma certa definição no mercado de que Bitcoins estacionados sem movimentação há mais de sete anos são criptomoedas perdidas.
Assim, são incluídos entre o montante de Bitcoins que já foram minerados, mas que estão fora do suprimento de circulação.
Entretanto, caso o proprietário destes Bitcoin os movimente em algum momento, estes se tornarão ‘válidos’ novamente.
Existem diversos modos de se perder Bitcoin ou qualquer outro criptoativo.
Jogar fora o dispositivo eletrônico onde estão armazenados os Bitcoins é a forma mais celebre de se perder as criptomoedas.
O caso mais notório de Bitcoins perdidos ocorreu desta forma, e seu proprietário está há anos revirando um lixão no País de Gales.
Perder a chave privada (seed) e por algum motivo ter que usá-la para recuperar uma carteira também é comum.
Por isso deve-se tomar muito cuidado ao armazenar Bitcoins em carteiras de papel, ou até mesmo na cabeça.
Sim, é possível guardar Bitcoins no cérebro, as quais as carteiras deste tipo são conhecidas como brainwallets.
Enviar criptoativos para o local errado também é uma forma comum de se perder fundos.
Isto ocorre quando a pessoa, de forma desatenta, envia criptoativos para o endereço ou para a rede errada.
Neste caso já existe uma solução de prevenção para que este tipo de perda não ocorra.
Trata-se do protocolo Kirobo, que criou um modo de confirmação de transação para diversos tipos de criptoativos que evita que fundos sejam enviados para o destinatário errado.
Outra forma habitual de perda de Bitcoin (mas num sentido mais figurado), é sendo vítima de algum tipo de ataque criminoso cibernético, como ataque hacker ou ataque phishing.
Por fim, ser vítima de alguma empresa ou exchange fraudulenta que por motivos diversos pode levar um investidor a perder suas criptomoedas depositadas em carteiras quentes.
Jorge Siufi