O Lido Finance, o maior protocolo de staking de Ether (ETH), está lançando várias novas atualizações importantes em sua atualização mais recente. E a principal novidade é a permissão de saques no protocolo.
A atualização já está no mercado, mas precisa da aprovação da Organização Autônoma Descentralizada (DAO), apresentará dois recursos principais. Junto com os saques, o Lido também pretende melhorar o staking para aumentar a sua descentralização
Atualmente, os usuários do Lido não podem sacar os ETH que estão em staking. Esta função deve aparecer com a nova atualização do Ethereum (Shangai), prevista para ocorrer em marco. Mas o Lido já se antecipou e divulgou como pretende executar os saques
De acordo com a equipe, existirão duas modalidades de saques na plataforma: Turbo e Bunker. A principal diferença entre elas é a velocidade dos saques. Como o nome já diz, os usuários que sacarem no modo Turbo receberão seus ETH, mais o rendimento do staking, na mesma hora.
Já no modo Bunker, as entregas poderão demorar mais tempo. Contudo, o Lido afirmou que este modo de saque servirá apenas para “eventuais catástrofes”. Ou seja, eventos com perdas de liquidez e algum outro risco para a rede.
O protocolo vai ativar esses modos assim que o ethereum passar pela atualização Shangai. Conforme explicou o desenvolvedor da Lido Finance, Eugene Pshenichniy, o Lido vai atualizar seu sistema “no mesmo bloco” que liberar a atualização.
Por meio do Lido, os usuários podem fazer staking de ETH com qualquer quantidade que tenham. Dessa forma, eles não precisam dispor dos 32 ETH necessários para fazer o staking direto na rede. Em troca de seus depósitos, os usuários recebem um token chamado “stETH”, que representa seus ETH no Lido.
Na segunda novidade da atualização, o Lido Finance também está fazendo um novo esforço para diversificar melhor seu conjunto de validadores. Para isso, o protocolo introduz um novo sistema Staking Router.
O Staking Router ajustará o processo de criação de validadores no Lido. Atualmente, o protocolo costuma criar autorizações para que usuários possam criar seu novo validador. Só que quem realiza esse processo são apenas 30 empresas que atuam como plataformas de staking, e não a própria rede.
Em vez de um único comitê aprovar ou rejeitar validadores, o Staking Router criará vários módulos para o processo de integração. Além disso, o sistema permitirá que uma simples eleição da comunidade possa criar módulos, em vez de um grupo centralizado.
O objetivo dessa abordagem é criar mais flexibilidade para os tipos de validadores que podem ingressar no Lido, com o objetivo final de permitir que qualquer pessoa que se enquadre no tema dos módulos possa ingressar na rede sem permissão.
Antes das mudanças, o Lido encomendará cinco auditorias de código este mês. Em seguida, o protocolo fará uma votação programada no final de fevereiro, onde a comunidade decidirá se aprova ou não o novo sistema.
Luciano Rocha