John Ray, que assumiu o cargo de CEO da corretora de criptomoedas FTX antes do processo de falência, teria criado uma força-tarefa para considerar o reinício das operações e negociações na FTX.com. De acordo com uma matéria de 19 de janeiro do Wall Street Journal, Ray disse que tudo estava “na mesa” quanto ao futuro da empresa, incluindo uma possível reinicialização da exchange.
A FTX Trading, fazendo negócios como FTX.com, foi uma das cerca de 130 empresas do FTX Group que entraram com pedido de falência nos Estados Unidos, também conhecido como Capítulo 11, em novembro de 2022.
Ray supostamente está considerando reviver a corretora de criptomoedas como parte dos esforços para reembolsar os usuários. A FTX informou em 17 de janeiro que identificou cerca de US$ 5,5 bilhões em ativos líquidos em suas investigações, com mais de US$ 3 bilhões devidos a seus 50 principais credores. Segundo o CEO, ele considerou o feedback de alguns stakeholders que viam a exchange como um “negócio viável”.
O colapso da FTX e as acusações criminais subsequentes para muitos de seus executivos causaram repercussões no espaço cripto em 2022. A ex-CEO da Alameda Research, Caroline Ellison, e o cofundador da FTX, Gary Wang, se declararam culpados de acusações de fraude, enquanto o predecessor de Ray, Sam Bankman-Fried, negou amplamente muitas das acusações contra ele. Ele se declarou inocente e deve comparecer ao tribunal em outubro para seu julgamento.
Ray teria sido auxiliado por Wang e Ellison para rastrear alguns dos ativos da empresa, mas ele frequentemente troca farpas com Bankman-Fried.
O ex-CEO alegou que havia sido pressionado pelo escritório de advocacia Sullivan & Crowell e pelo conselho geral da FTX nos Estados Unidos a nomear Ray como chefe da FTX antes da falência da empresa.
Ray também disse que Bankman-Fried não tem mais nenhum papel na exchange e não pode falar em seu nome. “Não precisamos dialogar com ele”, disse o CEO, referindo-se a Bankman-Fried. “Ele não nos disse nada que eu já não soubesse".
Bankman-Fried disse em um post no Twitter de 12 de janeiro que, se a corretora de criptomoeda “reiniciasse”, seria possível reembolsar os clientes com ativos em mãos. A equipe que lida com o processo de falência e ele discordaram publicamente sobre as abordagens de cálculo do balanço patrimonial da FTX, com o ex-CEO alegando que a FTX.US, braço da empresa nos EUA, era “totalmente solvente”.