Desde que os reguladores americanos divulgaram os dados da inflação nos EUA, os touros do Bitcoin (BTC) assumiram o controle do preço e elevaram o valor do criptomoeda acima de US$ 21 mil.
Essa corrida de touros foi uma boa notícia não apenas para os investidores em Bitcoin, mas também para as mineradoras, que vinham enfrentando dificuldades devido à queda dos preços da criptomoeda. Há meses, muitas mineradoras estavam operando com prejuízos, o que acabou gerando uma espiral negativa, causada pela venda das reservas de BTC das mineradoras, o que acabou despencando ainda mais os preços.
Mas, com a recente alta do preço do Bitcoin, as mineradoras finalmente conseguiram sair desse buraco. Desta forma a alta elevou o preço do Hash rate acima de US$ 77 PH/dia, níveis não vistos desde 6 de novembro. Essa alta ocorreu entre 11 e 14 de janeiro, quando o preço do Bitcoin voltou a ultrapassar a marca dos US$ 20.000.
De acordo com a Glassnode, o preço de produção de 1 BTC é de cerca de US$ 17.000, o que significa que os mineradores agora estão obtendo lucro após meses de mineração com prejuízos. Apesar do aumento de preço, o hash price teve uma regressão considerável de quase 9%. Isso se deve ao ajuste de dificuldade de 10% na rede do bitcoin, o que diminuiu a lucratividade dos equipamentos de mineração. Apesar disso, os níveis de ganhos permanecem tão altos quanto no início de novembro.
O hash price é um indicador utilizado para calcular a lucratividade e o custo de uma equipe de mineração, se referindo ao seu poder de mineração expresso em Petahashes (PH) por segundo. Assim, esse medidor mostra quantos dólares 1 PH produz por dia (PH/dia).
Portanto com o hash price em alta e o volume de negociação subindo, tudo indica que os touros agora tem uma força extra para manter o preço do BTC acima de US$ 20 mil.
Luciano Rodrigues