Nos últimos anos, a tecnologia blockchain e as criptomoedas provaram que podem ir além do investimento comum, atingindo setores como a arte, o audiovisual, o meio ambiente, entre outros. Pensando nisso, a educação não poderia ficar de fora, segundo a Inklusiva. A organização brasileira com sede na Suíça estruturou o primeiro sistema econômico educacional em finanças descentralizadas (DeFi), em que estudantes e professores poderão ser recompensados com criptomoedas por seu desempenho acadêmico.
A partir da criação da Zicoin, criptomoeda própria da companhia, o objetivo é eliminar as desigualdades sociais e econômicas por meio de uma plataforma em blockchain que vai levar a educação para pessoas em todos os lugares do mundo.
Segundo um comunicado de imprensa, todo o investimento em infraestrutura digital, realizado pela Inkluziva dialoga com a ideia de geração de impacto social e econômico, renda e riqueza para todas as partes envolvidas nos processos educacionais, sejam alunos, professores ou familiares.
“O problema da educação é de natureza econômica, pois a escassez faz com que crianças e adolescentes deixem de estudar para lutar pela sobrevivência e, nesse sentido, a organização se consolidará como um negócio social que ajudará a transformar essa realidade e gerar impacto positivo na vida das pessoas”, comentou Carlos Jacobino, CEO da Inkluziva.
Em um conceito que remonta o conhecido “play-to-earn”, ou “jogue para lucrar” dos jogos em blockchain, o “learn to earn”, ou “aprenda para lucrar” pretende incentivar o ensino e a aprendizagem.
Assim, professores e estudantes serão recompensados com base no desempenho acadêmico. Alunos receberão Zicoins de acordo com o seu aprendizado e professores, por sua vez, tokens conforme seus alunos e suas turmas se desenvolvem.
Conforme anunciou a organização, os tokens Zicoin poderão ser utilizados dentro da própria plataforma, com o consumo de produtos e serviços, ou ainda transformados em moeda fiduciária para serem utilizados de acordo com as necessidades individuais dos usuários.
“Para além do potencial financeiro do investimento, há ainda o impacto social que o projeto gera. Em outras palavras, quem investir em Zicoin poderá ganhar e ao mesmo tempo ajudar as pessoas, consolidando o conceito de negócio social que é como se posiciona a Inkluziva”, acrescentou Carlos Jacobino.
As famílias dos estudantes também serão incluídas financeiramente, sobretudo aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade, a partir do desempenho do aluno. Com isso, a iniciativa espera conquistar uma maior participação delas na formação educacional.
O acompanhamento do desempenho acadêmico de alunos e professores será acompanhado por meio da tecnologia blockchain e do uso de inteligência artificial, segundo a Inklusiva. Dessa forma, serão parametrizados os incentivos financeiros de acordo com critérios e modelos pedagógicos de cada instituição educacional que optar por implementar a tecnologia.
“A Zicoin suportará uma plataforma altamente tecnológica de serviços digitais que constituem um ativo concreto para presença de importantes projetos educacionais, que poderão ser implementados na ferramenta por instituições de ensino de qualquer porte, sejam públicas ou privadas”, afirmou a Inklusiva em um comunicado.
“Soma-se a isso a possibilidade dos parceiros e investidores de alocarem recursos para o financiamento da educação de pessoas mais carentes e pesquisa aplicada, especialmente em ciência de dados e inteligência artificial”, concluiu a organização.